O título do Superclássico das Américas poderia ter sido o ponto de partida para uma fase esplendorosa da Seleção Brasileira. Mas o futebol preguiçoso voltou a afetar a equipe de Mano Menezes. Nesta sexta-feira, a vitória magra por 1 a 0 diante da Costa Rica, um adversário pouquíssimo qualificado, foi conquistada em uma jogada isolada, completada por Neymar no segundo tempo.
De qualquer forma, Mano Menezes mantém uma sequência positiva de resultados. Antes do título do Superclássico das Américas, o Brasil vinha de uma vitória contra Gana, em Londres.
Por fim, o Brasil mantém a boa vantagem histórica sobre a Costa Rica. Em nove jogos, a equipe pentacampeã mundial soma oito triunfos e sofreu apenas uma derrota, registrada em março de 1960.
A Seleção Brasileira volta a jogar na terça-feira. Às 22h30 (de Brasília), o time verde-amarelo desafia o México, no estádio Azteca, na Cidade do México.
O Jogo – O amistoso em San José começou com poucos cuidados defensivos das duas seleções. A primeira chance foi da Costa Rica, em cochilo de Thiago Silva, mas Parks se atrapalhou na hora de finalizar e concluiu de canela na pequena área. Na resposta brasileira, Fred foi acionado nas costas da zaga adversária e também não acertou o alvo, apesar de caprichar mais.
O Brasil encontrava dificuldades pelo campo pesado – em virtude da chuva – e o excesso de força utilizada pelos costarriquenhos em algumas jogadas. Quando Neymar sofreu falta dura de Barrantes no meio-campo, o árbitro Walter López, da Guatemala, apenas contemporizou.
A partir dos 15 minutos, o Brasil começou a adotar um futebol preguiçoso: trocava passes sem objetividade. A Costa Rica tinha iniciativa das ações, mas sofria com a falta de qualidade ofensiva.
O jogo se arrastou até os minutos finais do primeiro tempo. Pouco antes do intervalo, o são-paulino Lucas tentou imprimir mais velocidade e também não mudou o panorama. Nos acréscimos, o clima esquentou em campo apenas no momento em que Ronaldinho partiu para cima de Saborío ao sofrer uma falta. Porém, o mais importante faltava à Seleção: o futebol.
Para o segundo tempo, Mano Menezes quis resolver o problema de falta de criação da Seleção Brasileira com substituições. Hernanes e Oscar foram as novidades nos lugares de Luiz Gustavo e Lucas. A ordem era imprimir mais velocidade no meio-campo.
Mesmo com as mudanças, a Costa Rica era melhor. Em dez minutos, foram duas finalizações de fora da área dos donos da casa – através de Barrantes e Azofeifa – e, para sorte do Brasil, foram pela linha de fundo.
O Brasil fez nova mudança por causa da contusão do lateral Fábio. O experiente Daniel Alves entrou em campo e mostrou estrela aos 14 minutos. Na primeira intervenção, ele fez o cruzamento para área, Fred não conseguiu desviar, a bola passou pelo goleiro Navas e se ofereceu para Neymar completar na pequena área: 1 a 0.
Na busca pelo empate, o técnico Jorge Luis Pinto promoveu a entrada de Joel Campbell, grande revelação dos últimos anos da Costa Rica. Um pouco mais disposto, o Brasil ainda teve chances para ampliar e também sofreu um susto no fim, com uma entrada criminosa de Mora em Jonas. O lateral costarriquenho acabou expulso.