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Brasil se recupera, goleia Chile e fica perto da classificação na Copa América

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A seleção brasileira não jogou tão bem quanto na estréia contra o México, mas foi bem mais eficiente e venceu o Chile por 3 a 0, somando seus primeiros pontos na Copa América. O resultado mantém a equipe com chances de classificação à fase eliminatória do torneio.
O Brasil tem os mesmos três pontos do Chile e do México, que encara o Equador ainda neste domingo. Classificam-se às quartas-de-final os dois primeiros colocados de cada grupo e mais os dois melhores terceiros colocados.

O técnico Dunga promoveu apenas uma mudança em relação ao time da estréia, sacando Diego para a entrada do meia Anderson. E, assim como contra os mexicanos, a seleção brasileira iniciou a partida dominando a posse de bola e pressionando o rival no campo de ataque.

O primeiro lance de real perigo, no entanto, foi do Chile. Aos nove minutos, Suazo descolou cruzamento da direita para González cabecear à esquerda de Doni. Quatro minutos depois, o mesmo González bateu falta de longe e o goleiro brasileiro colocou à escanteio.

A essa altura, os chilenos já tinham equilibrado o jogo e mostravam até mais facilidade para trocar passes. O Brasil, por sua vez, não conseguia se livrar da forte marcação do adversário, que foi montada com três zagueiros, dois volantes e dois laterais que apoiavam muito pouco.

Aos 16 minutos, o técnico Nelson Acosta precisou tirar o volante Melendez, contundido, e colocou o também volante Iturra. Mesmo com a alteração precoce, a seleção chilena continuou sendo uma equipe mais tranqüila e mais segura em campo.

Dunga também teve de fazer uma substituição por contusão: Maicon deixou o gramado aos 24 minutos com suspeita de luxação no ombro esquerdo e deu lugar a Daniel Alves. Aos 28, outra vez González assustou Doni em chute da entrada da área que o goleiro brasileiro teve de buscar no canto direito.

O Brasil só arriscou o primeiro chute a gol aos 30 minutos, em tentativa de longe de Daniel Alves que passou a direita do gol. Três minutos depois, Gilberto cruzou na área e o árbitro paraguaio Carlos Torres marcou pênalti ao ver um empurrão em Vagner Love. Robinho bateu e Bravo ainda tocou na bola antes de ela entrar: 1 a 0.

O gol, no entanto, não mudou o panorama do jogo. O Chile continuou mais bem postado e teve boa chance de empatar aos 41 minutos, quando Jara aproveitou cruzamento da direita e entrou de peixinho nas costas de Alex. Doni fez a defesa.

Aos 43, o último lance de perigo do primeiro tempo. Robinho disparou em velocidade, driblou o goleiro Bravo junto à linha lateral da área e tocou para trás. Daniel Alves chegou cruzando e Mineiro completou dentro da área, mesmo cercado por zagueiros, mas a bola passou por cima do travessão.

Para a segunda etapa, Dunga promoveu a entrada de Julio Baptista na vaga de Anderson, enquanto Nelson Acosta trocou Jara por Lorca, deixando o Chile mais ofensivo e, portanto, mais aberto na defesa.

Com mais espaço, o Brasil quase ampliou aos seis minutos com Vagner Love, que recebeu passe de Julio Baptista e exigiu boa defesa de Bravo. O Chile apareceu perigosamente aos 12, quando Suazo sofreu falta muito próxima à risca da grande área. O próprio atacante foi para a cobrança e mandou uma bomba rente ao travessão.

Os chilenos continuavam trabalhando melhor a bola, embora tivessem muita dificuldade para finalizar contra o gol de Doni. Já os brasileiros esperavam o adversário sair do campo de defesa para tentar encaixar um contra-ataque em velocidade.

A partida era fraca tecnicamente. Valdívia de um lado e, principalmente, Robinho do outro, eram os únicos que conseguiam dar algum brilho às jogadas. Mas o duelo ficava muito concentrado no meio de campo, com forte marcação e diversas faltas.

Lance de emoção novamente só aos 25 minutos, quando Suazo foi lançado pelo lado direito da área, deu um lindo corte em Juan, deixou Doni no chão, limpou Alex, mas, na hora chute, bateu fraco de esquerda e Juan conseguiu evitar o empate. Dois minutos depois foi a vez de Ormeño arriscar de longe, sem perigo.

Animada, a seleção chilena esboçou uma pressão. Dunga, então, sacou Elano e colocou o volante Josué em campo aos 31 minutos. Mas o Chile continuava encontrando espaços e criou outra boa oportunidade aos 35, quando Valdívia lançou Iturra, recebeu dentro da área e bateu forte em cima de Juan.

O Brasil matou o jogo aos 38 minutos. Alex afastou próximo à linha de meio-campo e a bola sobrou limpa para Vagner Love na entrada da área. O atacante esperou a passagem de Robinho e fez o passe na medida para o camisa 11 tocar com categoria na saída de Bravo.

Para finalizar o show particular, Robinho fez um golaço aos 42. Lançado em velocidade pela direita, o craque cortou Vargas e, da entrada da área, bateu firme de canhota, sem chances para o goleiro chileno.

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