O técnico Dunga conheceu o sabor da derrota pela primeira vez, nesta terça-feira, na Inglaterra. Em seu sétimo jogo no comando da seleção brasileira, o treinador não conseguiu segurar Portugal, do também brasileiro Luiz Felipe Scolari, e teve de aceitar o resultado negativo de 2 a 0.
Simão e Ricardo Carvalho marcaram os gols de Portugal. O Brasil se esforçou durante os 90 minutos, mas não esteve inspirado o suficiente para furar a marcação portuguesa. O time de Dunga sofreu nas bolas cruzadas e permitiu os contra-ataques para o adversário.
O Brasil não perdia um amistoso há quatro anos. A última derrota havia sido exatamente para Portugal de Felipão, no dia 29 de março de 2003. Na ocasião, Deco e Pauleta marcaram os gols portugueses. Ronaldinho Gaúcho anotou para a seleção canarinho.
A partida começou bastante equilibrada. O Brasil procurava encontrar espaço, mas a seleção de Felipão marcava bem.
Portugal criava as melhores chances pela lado esquerdo de seu ataque, sempre com os bons dribles de Quaresma. Rafael Sobis teve duas chances claras de gol, mas finalizou mal.
Apesar de o Brasil ter chegado mais ao ataque, foi Portugal quem criou a melhor chance de gol. No primeiro chute do time de Felipão, Postiga obrigou Hélton a fazer grande defesa.
O Brasil cresceu após a metade do primeiro tempo. Sobis perdeu outra chance, mas o time passou a acertar boas tabelas. Só estava faltando o mais importante: o gol.
Portugal reagiu e Cristiano Ronaldo fez lindas jogadas. O atacante chamou os brasileiros para dançar e conseguiu fazer o árbitro inglês mostrar cartão amarelo para Edmílson. Tiago também acertou Rafael Sobis e foi advertido.
Após o intervalo, já com Luisão e Adriano em campo, o Brasil foi em busca do resultado. O jogo perdeu velocidade e passou a ser disputada essencialmente no meio-campo.
Dunga fez mais alterações e colocou Tinga, pensando em dar mais rapidez ao Brasil. O jogo seguia truncado e então Diego substituiu Fred.
Com o time mais leve, o Brasil melhorou um pouco, mas seguiu pecando nos mesmos detalhes. Como já havia feito várias vezes no primeiro tempo, o time de Dunga deixou a defesa aberta aos contra-ataques portugueses.
Quaresma cruzou na medida e Simão entrou bem pelo meio, batendo de primeira sem chances para o goleiro Hélton.
Aos 44 minutos, Ricardo Carvalho teve tempo para deixar sua marca. Ele também se antecipou à zaga e desviou cruzamento para o fundo das redes