Em clima de coletivo, o Brasil esteve longe de aplicar uma goleada histórica, mas fez o suficiente para vencer o combinado de Kuwait por 4 a 0, em jogo realizado na tarde deste sábado, no Kuwait.
O amistoso serviu para comemorar os 45 anos de fundação do Kuwait Sports Clube, completado no ano passado, e como teste para a seleção na era Dunga, que agora soma três vitórias (combinado do Kuwait, Argentina e País de Gales) e um empate (Noruega) no comando.
Tocando demais a bola, a seleção abriu o placar com Rafael Sobis, aos 17 minutos. Ainda na etapa inicial, Robinho ampliou aos 33, após jogada individual. No segundo tempo, Daniel Carvalho fez o terceiro, aos oito minutos, depois de um belo toque de calcanhar de Sobis, e Kaká selou a goleada, aos 32.
Agora, o Brasil volta a jogar nesta terça-feira, quando enfrenta o Equador na cidade de Estocolmo, na Suécia. Depois disso, a seleção só será reunida em 15 de novembro para jogar contra a Suíça.
Depois de um atraso de dez minutos para começar a partida, a seleção brasileira nem precisou se esforçar muito para impor seu ritmo. No melhor clima de rachão, o time tocava a bola com tranqüilidade e chegava como queria à área adversária. Logo aos quatro minutos, Elano criou a primeira oportunidade em cruzamento, mas Sobis errou a finalização.
Explorando as brechas pelo lado direito do campo, a seleção perdeu ainda mais duas boas oportunidades, com Sobis e Robinho, antes de abrir o placar. Aos 17, Robinho dominou, pedalou na frente do zagueiro e rolou para Sobis, que só tocou na saída do goleiro Al Fadly.
Cinco minutos depois, o camisa 11 da seleção voltou a criar outra boa chance, tocou para Elano, seu ex-companheiro de Santos, mas o goleiro fez boa defesa. Com muitos espaços, a seleção perdeu uma chance incrível aos 31. O lateral Marcelo invadiu a área, bateu, Al Fadly deu rebote e Mineiro, com o gol vazio, conseguiu acertar Awad, que passava em cima da linha do gol.
Porém, dois minutos depois, o Brasil enfim marcou o segundo. Em nova jogada de Robinho, o atacante recebeu na entrada da área, driblou dois adversários e finalizou. A bola desviou na zaga e tirou qualquer chance de defesa do goleiro.
Bronca não resolve: Com a limitação técnica do adversário, o técnico Dunga lamentou o baixo número de gols. “O time deles não tem grande qualidade, mas dificultou e temos de melhorar”, analisou o comandante, em entrevista à TV Globo. Apesar da bronca, o Brasil pouco melhorou na etapa final e parecia mais preocupado em fazer o tempo passar mesmo com a entrada de quatro atletas (Lucas, Adriano, Kaká e Daniel Carvalho nos lugares de Dudu Cearense, Marcelo, Ronaldinho e Elano).
Depois de um arrastado início, a seleção voltou a superar Al Fadly logo na primeira chance que teve. Aos oito, Kaká puxou o contra-ataque, passou para Sobis, que passou de calcanhar para Daniel Carvalho bater firme da entrada da área no canto direito.
Com a diferença, Dunga gastou as últimas quatro alterações permitidas (Daniel Alves, Gilberto Silva, Fred e Vagner Love nas vagas de Maicon, Gilberto Silva, Robinho e Rafael Sobis) e o ritmo diminuiu mais ainda. Mesmo assim, o time ainda marcou quando resolveu jogar.
Foi assim aos 32 com o meia Kaká, que recebeu na entrada da área, dominou, fez duas embaixadinhas, puxou a bola, passou no meio de três adversários e chutou no canto direito. A partir daí, o Brasil apenas tocou a bola, enquanto o combinado do Kuwait só criou a primeira chance aos 45, quando Ibrahim acertou a trave em cobrança de falta.