A saúde e o vigor da seleção serão colocados à prova neste domingo, no último amistoso do Brasil antes da Copa do Mundo. Diante da Nova Zelândia, às 13 horas (horário brasileiro), em Genebra, a equipe de Carlos Alberto Parreira encerra a sua temporada de treinos na Suíça, que durou 14 dias, e parte na seqüência para a Alemanha, sede da principal competição esportiva do planeta.
Em Weggis, Parreira priorizou a recuperação dos jogadores e os trabalhos físicos. Vinte dos 23 jogadores convocados para o Mundial atuam na Europa e estão no final de temporada. Os trabalhos técnicos – leia-se bola – serão a tônica da preparação em Königstein, primeira parada a partir de segunda-feira.
“Ficou claro no treino de ontem [sexta-feira] que o aspecto físico, a saúde dos atletas, nos preocupava. Todos chegaram extenuados, é compreensível, e acho que nós conseguimos recuperar a equipe. Todos corresponderam plenamente aos treinos de velocidade e arrancadas”, disse o técnico.
Para Parreira, o grupo está em ascensão. “Equilibramos aquilo que nos afligia e a resistência e força do grupo atingiu um nível aceitável. A ascensão foi muito boa e estaremos bem até a Copa”.
A seleção chegou a Weggis no dia 22 de maio. Nos dias 23 e 24 os jogadores foram submetidos a exames no Swiss Paraplegic Center, em Nottwil, acompanhados pelo preparador físico Moraci Sant’Anna, pelo fisioterapeuta Luiz Alberto Rosan e pelo médico Rodrigo Lasmar.
Os trabalhos físicos aconteciam de manhã no campo ou na sala de musculação. Durante toda a preparação na Suíça, Parreira comandou apenas dois coletivos.
No dia 27, os titulares venceram os reservas por 4 a 0, com gols de Ronaldo (2), Adriano e Zé Roberto. O atacante do Real Madrid não atuava desde o dia 8 de abril, quando sofreu uma contusão na coxa direita. No dia seguinte, vitória por 13 a 1 sobre o time sub-20 do Fluminense, que excursionava pela Europa.
Três dias depois a seleção foi à Basiléia e goleou o FC Lucerna por 8 a 0. Kaká, Adriano (2), Ronaldo (2), Lúcio, Juninho e Robinho foram às redes. A baixa foi apenas o corte de Edmílson, que sofreu uma lesão no menisco lateral do joelho direito. Mineiro, volante do São Paulo, foi chamado para o seu lugar. Parreira alegou que o fato de o jogador estar em atividade no Brasil foi decisivo para a escolha da comissão técnica.
“Foram quinze dias muito bons, onde aprimoramos a preparação física e os aspectos técnicos e táticos. Foi proveitosa a nossa passagem pela Suíça”, analisou Kaká.
Capitão da seleção, Cafu concordou com o meio-campista. “Conseguimos trabalhar em cima daquilo que o professor Parreira queria e agora é só dar seqüência ao trabalho”.
Na opinião de Kaká, o time já está perto do ideal. “Estamos em torno de 70%. Estamos retomando o entrosamento e acertando detalhes importantes Devemos atingir o 100% nas oitavas, talvez quartas-de-final da Copa”.
BRASIL x NOVA ZELÂNDIA
Data: 04/06/2006
Horário: 13h (de Brasília)
Local: Estádio de Genebra (SUI)
Brasil
Dida; Cafu, Lúcio, Juan e Roberto Carlos; Émerson, Zé Roberto, Kaká e Ronaldinho Gaúcho; Adriano e Ronaldo
Técnico: Carlos Alberto Parreira
Nova Zelândia
Ross Nicholson, Kris Bouckenoghe, Che Bunce, Danny Hay e Michael Wilson; Ivan Vicelich, Jarrod Smith, Raf De Gregorio e David Mulligan; Adrian Webster e Chris Killen
Técnico: Ricki Herbert