A seleção brasileira tenta se esquecer da trágica estréia na Copa América da Venezuela, quando foi derrotada por 2 a 0 pelo México, e soma forças para superar o Chile neste domingo, às 17 horas (de Brasília), no Estádio Monumental, em Maturín, pela segunda rodada do Grupo B. Se voltar a tropeçar o Brasil, que ocupa a lanterna, vai ver suas chances de classificação se tornarem remotas. Já os chilenos, que iniciaram a disputa superando o Equador por 3 a 2, numa virada histórica, podem garantir lugar nas quartas-de-final em caso de novo triunfo.
O técnico Dunga procurou trabalhar com os jogadores o lado psicológico a fim de diminuir a pressão que está sob o grupo. O treinador cobrou uma mudança de atitude em relação ao que foi apresentado na estréia e quer ver o time mais eficiente em vários quesitos.
‘Temos que ser mais eficientes na troca de passes num curto espaço de campo, valorizando a posse de bola e tocando com velocidade. Acho que teremos pela frente mais um adversário que vai pensar primeiro em se defender, assim como o México. Outra coisa que vamos ter que mudar é nosso comportamento em relação ao setor defensivo. Não podemos ficar tão vulneráveis quando perdemos a posse de bola como ficamos na estréia. Recompor o meio-de-campo quando perdemos a bola também é algo que precisa ser feito com velocidade’, afirmou Dunga.
Os jogadores também parecem já ter absorvido o golpe da derrota na estréia e asseguram que o resultado será diferente no confronto com os chilenos. Os mais experientes do grupo tomaram à frente nas entrevistas para mostrar equilíbrio emocional no momento complicado que a seleção brasileira atravessa.
‘A gente não esperava o resultado negativo na estréia e perder aquele jogo não estava nos nossos planos. Mas infelizmente a coisa não caminhou conforme o esperado e agora teremos que mostrar um grande poder de reação para nos classificarmos. Porém ainda dependemos de nossas próprias forças para seguir no torneio e isso é o mais importante. O Brasil tem plenas condições de ganhar as duas partidas restantes e ir às quartas-de-final’, afirmou o zagueiro Juan.
Dunga faz mistério em relação à formação que vai enfrentar o Chile e a tendência é que a escalação seja divulgada apenas minutos antes do confronto. Apesar de não descartar modificações, ele deve manter a base para não aparentar que esteja procurando culpados.
Pelo lado da seleção chilena, o técnico Nelson Acosta vai repetir a formação que iniciou o confronto com os equatorianos, inclusive com a presença do meia Valdívia, que atua pelo Palmeiras e se recuperou de uma pancada recebida no joelho direito no duelo de estréia. O treinador disse que preferia enfrentar a seleção brasileira vinda de um resultado positivo.
‘Gostaria que o Brasil tivesse vencido na estréia, pois agora o time deles entrará em campo muito mais ligado, buscando fazer um jogo perfeito, pois não pode mais falhar. Porém temos condições de surpreender esse adversário se mostrarmos a mesma vontade exibida contra o Equador’, disse Acosta.
FICHA TÉCNICA
BRASIL X CHILE
Local: Estádio Monumental, em Maturín (Venezuela)
Data: 1º de julho de 2007 (domingo)
Horário: 17 horas (de Brasília)
Árbitro: não divulgado pela organização
BRASIL: Doni, Maicon, Alex, Juan e Gilberto; Gilberto Silva, Mineiro, Elano e Diego; Robinho e Vágner Love
Técnico: Dunga
CHILE: Claudio Bravo, Alvaro Ormeño, Pablo Contreras, Jorge Vargas e Mark González; Arturo Sanhueza, Rodrigo Meléndez, Jorge Valdivia e Matías Fernández; Reinaldo Navia e Humberto Suazo
Técnico: Nelson Acosta