Com mais uma boa atuação, o Brasil conquistou o hexacampeonato do Grand Prix de vôlei feminino. Comprovando a superioridade em toda a competição, a equipe comandada por José Roberto Gumarães voltou a se apresentar bem neste domingo, em Reggio Calabria, na Itália, e derrotou a Rússia por 3 sets a 1, com parciais de 25/20, 25/20, 23/25 e 25/17, em uma hora e 42 minutos.
O sexto título na competição veio de forma incontestável. Ao todo, foram 13 jogos e 13 vitórias, com apenas seis sets cedidos. Apesar do susto na terceira parcial, a equipe se manteve equilibrada e teve novamente como destaque os fortes ataques de Sheila e Jaquelina, a boa distribuição da veterana Fofão, e os fortes bloqueios de Walewska e Fabiana.
A conquista foi também a terceira consecutiva na competição e somou-se às de 1994, 1996 e 1998. O Brasil ainda comprova a ascensão desde o quarto lugar nos Jogos Olímpicos de Atenas-2004, tendo sido campeão em todos os dez torneios que disputou desde a campanha na Grécia. Somente neste ano já são quatro taças.
Outro ponto interessante é que a vitória na final veio justamente contra a equipe que impediu o último título. A Rússia havia ficado marcada na memória das jogadoras como a responsável pela dolorosa derrota na semifinal das Olimpíadas, quando a seleção chegou a ter cinco match points (24 a 19) no quarto set antes de levar incrível virada.
Na campanha do título, o Brasil se mostrou impecável desde o início e fez apenas um jogo mais duro, em cinco sets, contra a surpreendente República Dominicana. Contra outras adversárias fortes, como China, atual campeã olímpica, obteve uma vitória por 3 a 0. Já contra a Itália, terceira colocada, outro triunfo pelo mesmo placar.
Ao chegar à Itália para a fase final, o Brasil encontrou logo de cara a Rússia e mostrou que era superior ao vencer por 3 a 0. Neste domingo, o jogo foi um pouco mais duro, mas registrou melhor participação das brasileiras desde o início. No primeiro set, a equipe se manteve à frente, permitiu reação e, somente após bronca de Zé Roberto, voltou a comandar. No final, ainda houve espaço para deslanchar e fechar com cinco pontos de vantagem.
A segunda parcial começou favorável à equipe européia, com 4 a 1. O Brasil ainda empatou em 5 a 5, mas a vantagem continuou pequena para as adversárias. Perto do segundo tempo técnico, Sheila foi para o saque e decretou a reação com três pontos de saque. Na volta do tempo, a virada foi concretizada com boa atuação de Walewska e das ponteiras.
O terceiro set foi equilibrado e, assim como o anterior, teve maior domínio russo. Sempre atrás, o Brasil foi aos poucos se posicionando melhor e evitou erros bobos do início, mas se descontrolou no final. Após empate em 23 a 23, as russas foram mais fortes e impediram a derrota prematura.
A última parcial foi mais tranqüila, mas igualmente emocionante. A equipe teve domínio todo o tempo e abriu larga vantagem. Ao contrário do que aconteceu em 2004, com 24 a 16 de frente a equipe não se descontrolou e fechou no segundo match point, após lindo bloqueio de Fabiana.