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Brasil abre Copa América sem encantar, mas com vitória sobre a Bolívia

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Gazeta Esportiva (foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)

A Seleção Brasileira fez na noite desta sexta-feira um jogo tranquilo, porém longe de encantador diante da Bolívia, na estreia da equipe na Copa América de 2019, no estádio do Morumbi. Em um duelo que deixou a desejar tanto dentro quanto fora de campo, com uma passividade impressionante dos torcedores presentes no local, Philippe Coutinho, em pênalti dado pelo VAR e em cabeçada sem goleiro, fez os gols que deram tranquilidade. Éverton, já no fim, assegurou o 3 a 0.

O resultado deixa a equipe, vaiada ao final do primeiro tempo e aplaudida no encerramento do jogo, na liderança do Grupo A, naturalmente, ainda à espera da outra partida da chave. O duelo entre Venezuela e Peru será realizado a partir das 16h (de Brasília) deste sábado, na Arena do Grêmio.

Os comandados de Tite agora terão a missão de encarar a equipe da Venezuela, na terça-feira, às 21h30 (de Brasília), em Salvador, na Arena Fonte Nova. Os brasileiros ainda treinam na Academia de Futebol, do Palmeiras, no sábado, antes de viajarem à Bahia. Os bolivianos, por outro lado, encaram o Peru pouco antes, às 18h30 (de Brasília) da terça-feira, no Maracanã.

O Brasil começou a partida empolgado com o Hino Nacional e a possibilidade de encarar uma equipe muito inferior tecnicamente, quase abrindo o placar no primeiro lance de perigo, com Richarlison, em desvio na segunda trave após escanteio defendido por Lampe. Ainda que a marcação seguisse alta e os donos da casa continuassem com o domínio territorial, porém, o que se viu dali em diante refletiu o silêncio que emanava das arquibancadas.

Assim que o apito inicial saiu, o público fez um silêncio impressionante para quem está acostumado a acompanhar jogos profissionais da elite do futebol. Conversas entre aficionados eram audíveis e qualquer berro ecoava. Sem qualquer cenário que remetesse a um duelo de suma importância, os jogadores não imprimiram pressão depois dos 15 minutos. Fernandinho, escalado como titular pelo meio, pareceu sem função tanto na marcação quanto na criação.

A Seleção conseguiu algumas escapadas pelo lado direito com Richarlison, mas o atacante não teve a calma necessária para fazer os lances se transformarem em gol. A Bolívia chegou a ameaçar em escapadas de Raúl Castro e Marcelo Moreno, mas se manteve bem postada na defesa. Ao final do primeiro tempo, algo previsível se confirmou: vaias da galera para uma decepcionante atuação da equipe.

O Brasil voltou para o segundo tempo apostando na mesma pressão e conseguiu frutos logo de cara. Depois de chute de Richarlison dentro da área, a bola bateu na mão de Jusino. O VAR avisou o lance a Nestor Pitana, que apontou pênalti bem cobrado por Coutinho. Dois minutos depois de abrir o placar, o mesmo Coutinho aproveitou cruzamento perfeito de Firmino e desviou para o gol de Lampe para ampliar.

Buscando manter vivo o bom momento e aproveitando o carinho da torcida paulistana por Gabriel Jesus, Tite mandou a campo o atleta do Manchester City na vaga de Roberto Firmino. O ex-palmeirense quase conseguiu aumentar a diferença no placar quando recebeu bola na entrada da área e chutou, mas viu a zaga desviar. Pouco depois, deu lindo drible, chegou à linha de fundo e cruzou rasteiro, parando em defesa segura de Lampe.

O jogo havia diminuído o ritmo quando Tite mandou um dos poucos jogadores que atuam no país a campo: Éverton. O Cebolinha, como o próprio treinador faz questão de chamar, tratou de aproveitar a chance: Puxou bons ataques e deixou sua marca ao limpar a marcação pela esquerda, ajeitar e mandar forte, no canto direito. Lampe nem se mexeu e foi um espectador de luxo para o lance mais bonito do jogo.

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