No jogo que o atacante Dodô voltou ao Botafogo e provou que continua o artilheiro de sempre. Ele marcou o único gol da vitória da equipe alvinegra sobre a Cabofriense em partida disputada nesta quarta-feira, em Cabo Frio, pela segunda rodada da Taça Guanabara. Com o resultado, o Botafogo chegou aos quatro pontos ganhos e agora ocupa a segunda colocação no Grupo B, dois atrás do Flamengo na Taça Guanabara. A Cabofriense continua sem marcar pontos.
A partida foi muito confusa por causa da atuação do árbitro Fábio Calábria, que teve quase todas as marcações contestadas pelos jogadores. No lance mais polêmico da partida, ele anulou o gol que seria o do empate da Cabofriense depois de ouvir a opinião do assistente Hilton Moutinho que viu falta de Cléberson no goleiro Max. Na próxima rodada, o Botafogo receberá o Americano enquanto a Cabofriense vai enfrentar o Madureira.
Animado pela presença de Dodô e escalado com três volantes, o Botafogo partiu para o ataque desde o primeiro minuto mostrando uma postura diferente daquela apresentada na primeira partida, quando empatou com o Madureira. E logo aos dois minutos, Dodô mostrou seu cartão de visitas chutando de fora da área para boa defesa de Flávio. Aos oito minutos, Zé Roberto que voltou a jogar como meia, arriscou com um chute forte para outra defesa segura do goleiro da Cabofriense.
A pressão alvinegra continuou e aos 12 minutos, Juninho cobrou falta e obrigou Flávio a praticar grande defesa, mas o árbitro ignorou o toque do goleiro e não marcou o escanteio. A Cabofriense passou a se organizar melhor e deu grande susto na torcida alvinegra, quando Zé Carlos ganhou de Joilson e cruzou para Marcelinho, que trombou com Túlio e perdeu o gol em lance que os jogadores da Cabofriense pediram a marcação do pênalti.
A marcação rigorosa das duas equipes só permitia que lances de perigo surgissem em lances de bola parada. Como aconteceu aos 22 minutos, quando Marcão, de cabeça, quase surpreendeu o goleiro Max. Os dois times passaram a abusar das faltas o que obrigou o árbitro a mostrar alguns cartões amarelos. Aos 34 minutos, Zé Roberto tabela com Dodô mas adianta a bola e o goleiro Flávio saiu com precisão para fazer a defesa. No final do primeiro tempo, a Cabofriense teve duas grandes chances para marcar. Primeiro aos 44 minutos em cobrança de falta de Valdir, bem defendida por Max. E aos 47 quando Marcão, livre na pequena área, concluiu errado.
O Botafogo voltou para o segundo tempo com uma formação mais ofensiva com Lúcio Flávio no lugar do volante Diguinho, mas a primeira grande chance foi da Cabofriense, com Roberto sendo lançado em profundidade e perdendo o gol na saída precisa do goleiro Max. Logo depois o árbitro Fábio Calábria deixou de marcar um pênalti a favor do Botafogo quando o zagueiro Cleberson segurou o zagueiro Asprilla dentro da área.
Logo depois de Flávio ter feito grande defesa em chute de Zé Roberto, Jorge Henrique entrou no lugar do apagado Luiz Mário e, aos 23 minutos em uma das suas primeiras jogadas da partida, driblou dois zagueiros e passou para Dodô que enganou um adversário e bateu cruzado para marcar o gol da partida.
Animado com a vantagem, o Botafogo passou a pressionar em busca do segundo gol e o goleiro Flávio apareceu bem aos 31 minutos, defendendo uma cobrança de falta de Lúcio Flávio. Aos 38 minutos, o goleiro Max foi atrapalhado por Cléberson e soltou a bola nos pés de Roberto que mandou para as redes. O árbitro confirmou o gol, o que provocou muitos protestos por parte dos jogadores do Botafogo, que cercaram o trio de arbitragem. Depois de alguns minutos, Calábria conversou com o assistente Hilton Moutinho e anulou o gol da Cabofriense, gerando mais confusão.
Nos minutos finais, o clima ficou mais tenso entre os jogadores e o zagueiro Cléberson foi expulso depois de entrar violentamente sobre Juca. E com um jogador a mais, o Botafogo conseguiu segurar a vantagem e sair com a vitória. Quando a partida acabou, o trio de arbitragem teve que sair protegido pela polícia para escapar de jogadores e membros da comissão técnica da Cabofriense.