O Botafogo venceu o Cruzeiro por 1 a 0 no Engenhão e afirmou-se como integrante do G-4 do Campeonato Brasileiro. O Alvinegro chega a 37 pontos e espera pelo fim da rodada para saber sua posição, mas ficará, pelo menos, em quarto. Já a Raposa se mantém com 39 e também depende das demais partidas para conhecer sua colocação.
Com vários desfalques, especialmente no meio-campo e no ataque, o técnico Adilson Batista optou por escalar o Cruzeiro no esquema 3-6-1, mantendo Henrique e Marquinhos Paraná como volantes e soltando Gerson Magrão e Camilo para municiar Guilherme.
Com esta formação, o time visitante deu a entender que tentaria explorar os contra-ataques, e foi exatamente o que aconteceu. No início da partida, as ações se concentraram no campo do Cruzeiro e os defensores, adaptados a um esquema de dois zagueiros, demoraram a se encontrar. Mesmo assim, o Botafogo não chegou a criar chances de gol.
Quando melhorou sua marcação, a Raposa passou a ser também mais eficiente nos ataques em velocidade. Pela esquerda, criou grande chance aos 18 minutos, quando Camilo tentou encobrir o goleiro, mas errou o alvo. Aos 21, após uma cobrança de escanteio, Guilherme acertou a trave.
Os lances aumentaram a confiança cruzeirense, mas não mudaram a tônica da partida. O Botafogo tinha maior posse de bola e mais presença ofensiva, mas não levava perigo. Fábio fez apenas uma boa defesa, numa cabeçada de André Luís, após cobrança de escanteio.
O segundo tempo começou emocionante. A primeira boa chance foi do Botafogo, com Wellingotn Paulista, que, meio desajeitado, venceu Fábio, mas Thiago Heleno cortou em cima da linha. A resposta do Cruzeiro foi num lançamento longe para Camilo, que bateu cruzado e a bola raspou a trave.
Satisfeito com o empate, o time visitante começou a catimbar e tentar perder tempo. No entanto, foram os próprios cruzeirenses que foram perdendo a calma. O resultado foram três cartões amarelos e as expulsões do técnico Adilson Batista e do meia Camilo.
O Botafogo saiu para a pressão e perdeu duas excelentes oportunidades com Gil e Jorge Henrique. A insistência rendeu frutos aos 33 minutos, quando o árbitro Giuliano Bozzano marcou um pênalti duvidoso de Thiago Heleno em Wellington Paulista. Lúcio Flávio bateu rasteiro no canto e abriu o placar.
Mesmo com um a menos, o Cruzeiro teve boa chance de empatar num lance de bola parada. Marquinhos Paraná cobrou falta para dentro da área e Weldon cabeceou para Renan fazer bela defesa. A equipe celeste ainda investiu em outras jogadas de bola parada, mas sem sucesso. O placar final do Engenhão apontou mesmo 1 a 0 para o dono da casa.
As duas equipes voltarão a campo no domingo. O Botafogo fará o clássico contra o Vasco, no Maracanã. Já o Cruzeiro vai para outra praia enfrentar outro alvinegro. O adversário será o Santos, na Vila Belmiro.