O Luverdense Esporte Clube protocolou, ontem, baseado no artigo 275 do código de Justiça Desportiva, protocolou junto ao Tribunal de Justiça Desportiva do Estado, uma ação contra as equipes do Barra do Garças e União de Rondonópolis na qual pede a eliminação de ambos do campeonato estadual 2008. Objetivando restabelecer a ordem pública, a credibilidade da competição e com a finalidade de proteger os direitos desportivos mediante firme propósito, de repreender atitudes anti-desportivas, o time alega que ambas as associações, uniram-se com o intuito de alterar o resultado do jogo, disputado domingo.
Para basear a ação, o Luverdense utilizou-se de informações, do árbitro Maurício Aparecido Siqueira relatadas em súmula, e em entrevista concedida na última segunda- feira, à Rádio Cultura de Cuiabá. Siqueira declarou ter percebido nitidamente que havia conspiração entre as duas equipes, em detrimento do Luverdense. Na súmula, o árbitro relata que a partida teve seu início atrasado em 24 minutos, por falta de ambulância e de atraso das equipes. Conforme o árbitro a primeira etapa transcorreu normalmente, tendo terminado com a vitória do União, por 1 a 0.
O curioso, segundo ele, ocorreu na volta para a segunda etapa, quando atletas das duas equipes se reuniram e, nitidamente, combinaram o resultado. Iniciado o segundo tempo, o zagueiro Ataliba comete pênalti escandaloso, e o Barra empata a partida. Logo na seqüência, o árbitro relata ter ficado estarrecido, quando os atletas recebem informação extra campo, reúnem-se novamente, e na seqüência o Barra vira o jogo para 2 a 1. Passados 20 minutos da segunda etapa, eis que surge o apagão. Naquele momento, a partida entre Mixto e Luverdense estava em 24 minutos do segundo tempo. Por ironia do destino, o Luverdense leva o gol, apenas um minuto após as luzes serem apagadas. A energia no estádio Zeca Costa, foi restabelecida 24 minutos mais tarde. Quando os refletores se acenderam, conforme relato do próprio árbitro, as coisas se inverteram, uma vez que o Mixto havia ganho do Luverdense e o Barra estava eliminado.
Segundo o próprio árbitro, os atletas do Barra facilitaram a virada do União para 3 a 2. Ao final da entrevista, Maurício Aparecido Siqueira disse ter ficado indignado com a atitude anti-desportiva dos atletas, e envergonhado, não de ser mato-grossense, mas de fazer parte do futebol deste Estado. O árbitro ainda descreve em súmula, que ao final da partida, torcedores do Barra do Garças, atearam fogo em bandeiras do próprio clube, provocando uma enorme fogueira do lado de fora do alambrado.
Diante dessas informações, a direção do Luverdense Esporte Clube sentiu-se no direito de pedir a eliminação de ambas as equipes do campeonato, além de multas e suspensões, e tem firme propósito de obter êxito, uma vez que no entendimento do Clube de Lucas do Rio Verde, as duas agiram de forma atentatória à dignidade do desporto. A ação foi entregue no TJD de Mato Gosso.