E saiu nesta segunda-feira a primeira medalha de ouro do Brasil no atletismo dos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro. O feito coube a Fabiana Murer, que na prova do salto com vara atingiu a marca de 4,60m. Além de quebrar o recorde pan-americano da prova, ela atingiu a sua melhor marca no ano. A anterior, de 4,50m, havia sido conquistada no GP Sul-americano, em São Paulo, no dia 9 de junho.
O nervosismo foi o principal obstáculo da brasileira na prova. “Estava muito nervosa no aquecimento, mas consegui conter essa ansiedade. No salto com vara, vale muito a concentração. Estou super feliz com esse resultado”, explicou.
Murer ficou 20 centímetros à frente da norte-americana April Steiner, que ganhou a medalha de prata. As duas fizeram um duelo particular pelo ouro. A brasileira saiu na frente ao saltar 4,40m. Na sua última tentativa, Steiner calou o estádio ao igualar a marca de Murer. A partir daí, as duas passaram a pular o obstáculo com 4,50m. E a brasileira levou a melhor.
Com o ouro já garantido, Murer tentou então quebrar o recorde pan-americano. E conseguiu no seu terceiro salto, atingindo a marca de 4,60m. Após consultar seu treinador, Elson Miranda, ela continuou em ação, agora para chegar aos 4,68m e quebrar o recorde sul-americano. Mas não conseguiu.
O Brasil chegou a sua 29ª medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, já igualando a marca conquistada em Santo Domingo, em 2003. E com chances de brigar pela segunda posição na classificação geral com Cuba. “Espero que essa medalha seja a primeira de muitas para o atletismo”, comemorou Fabiana Murer.
Elogios: O técnico de Fabiana Murer, Elson Souza, ficou contente com o desempenho da brasileira no estádio João Havelange. “Foi uma marca compátivel com uma prova desse nível. Sabíamos que seria muito difícil, trabalhamos em cima de uma série de resultados”, disse o treinador.
A partir de agora, Fabiana Murer passa a pensar no Mundial de Atletismo. O objetivo é confirmar a condição de atleta de alto nível no cenário internacional. Porém, ela evita projeções sobre a competição. “É difícil dizer o que vamos encontrar lá”, finalizou