O sonho do bicampeonato da Libertadores está mais vivo do que nunca para o Atlético-MG. O Galo visitou o Santa Fé, nesta quinta-feira, no estádio El Campín, em Bogotá, e vai voltar para o Brasil com o ponto que precisava para garantir classificação para às oitavas de final por antecipação. Os brasileiros empataram por 1 a 1, e na pior das hipóteses terminam o Grupo 4 na vice-liderança.
Os gols do jogo foram anotados por Guilherme pelo lado do Galo e Cuero empatando para o Santa Fé no segundo tempo. Com o resultado, o Atlético-MG vai aos nove pontos, contra sete dos venezuelanos do Zamora, e cinco pontos para o Santa Fé e para os paraguaios do Nacional.
Na sequência da Libertadores, o Atlético-MG encerra a fase de grupos recebendo os venezuelanos do Zamora, no dia 10 de abril, no Independência. Mas antes disso, o Galo terá pela frente o clássico contra o arquirrival Cruzeiro, pela final do Mineiro.
O jogo – A forte chuva que castigou a cidade de Bogotá pouco antes do início do jogo deixou o gramado do El Campín encharcado, o que dificultou as equipes a jogar com a bola no chão. Aos poucos, a drenagem do estádio absolveu o excesso de água, e a partida melhorou em termos de qualidade técnica.
Na primeira vez que chegou tocando a bola, o Atlético-MG já balançou as redes. Aos sete minutos, inversão de papeis, Jô atuou como garçom e deu assistência para Guilherme, que mostrou categoria na hora de finalizar sem chances para Vargas, abrindo os trabalhos em solo colombiano.
A desvantagem no marcador obrigou o Santa Fé a partir com tudo para cima do Galo. Aos 13, após cruzamento da direita, o atacante Ferreira cabeceou livre dentro da área alvinegra, Victor operou o primeiro milagre da noite e se esticou todo para evitar o empate. A pressão dos donos da casa fez os atleticanos recuarem demais na partida.
A situação preocupou o técnico Paulo Autuori, que pediu aos comandados para saírem do campo defensivo. O pedido do treinador só começou a ser atendido após os 25 minutos, quando os colombianos diminuíram o ritmo, o que permitiu ao Galo encaixar alguns contra-ataques perigosos, quase sempre com a dupla Guilherme Jô.
Precisando da vitória, o time da Colômbia passou a pressionar o Galo de todas as formas, o que possibilitou espaços para os brasileiros nas jogadas em velocidade. O pecado do Atlético-MG na partida foi excesso de erros de passe que impediram o Galo de encaixar lances de perigo com mais frequência.
Jogador de maior prestigio da equipe alvinegra, Ronaldinho Gaúcho foi discreto durante quase toda a partida. Aos sete minutos, R10 tentou um gol por cobertura, mas errou o alvo. Fora isso, passes curtos, bolas paradas e alguns dribles foram tudo que se viu do craque do Atlético-MG. Assim como R10, Tardelli foi figura apagada, sobrando para Guilherme e Victor o protagonismo do jogo.
Muito irritado com a postura do Atlético-MG em campo, Autuori chegou a esbravejar a beira do campo, característica pouco comum no treinador, que já imaginava o pior. Aos 17, Mosquera cruzou para a área, Otamendi cochilou e Cuero testou para as redes empatando o jogo no El Campín. Sem conseguir manter a posse de bola, os visitantes seguiram pressionados.
Falhando muito na saída de bola, o Galo praticamente não ameaçou o goleiro Vargas, sendo que Victor teve que trabalhar muito para segurar o empate. O camisa 1 do time brasileiro salvou o Atlético-MG diversas vezes, justificando o status de santo recebido na Libertadores do ano passado.