O Atlético-MG se distanciou ainda mais da liderança do Campeonato Brasileiro na última rodada do primeiro turno. No início da noite deste domingo, a equipe comandada por Levir Culpi acabou derrotada por 2 a 1 pela Chapecoense na Arena Condá. Com novas reclamações, desta vez pela expulsão do zagueiro Leonardo Silva e por toque de mão em gol de Apodi. Cléber Santana, de falta, e Neto, contra, completaram o placar.
Seja como for, o resultado fez o Atlético-MG ficar com 36 pontos ganhos, quatro atrás do primeiro colocado Corinthians. O Grêmio também alcançou os 36 ao derrotar o Joinville por 2 a 1, em Porto Alegre. Já a Chapecoense subiu para 28, na nona colocação.
No meio de semana, entretanto, as duas equipes adiarão a preocupação com o Brasileiro. O Atlético-MG enfrentará o Figueirense pela Copa do Brasil na quarta-feira, no Independência, enquanto a Chapecoense jogará com a Ponte Preta no dia seguinte, no Moisés Lucarelli, pela Copa Sul-americana.
No domingo, o Atlético-MG voltará ao Independência para receber o Palmeiras. Pela manhã, a Chapecoense visitará o ameaçado Coritiba no Couto Pereira.
O jogo – Ciente de que o Corinthians já havia feito a sua parte também em Santa Catarina – venceu o Avaí por 1 a 0 mais cedo –, o Atlético-MG não poupou esforços desde os primeiros minutos da partida com a Chapecoense. Rondou a área adversária com os seus homens de frente, embora sem criar chances muito claras de gol.
A Chapecoense não se intimidou com a disposição dos vice-líderes do Brasileiro. Empurrado por sua torcida, o time da casa tentou se impor com lances de bola parada de Cléber Santana e avanços de Ananias.
Em uma dessas investidas, aos 36 minutos, Ananias foi derrubado na meia-lua por Leonardo Silva. O árbitro Marcos André Gomes da Penha considerou que o jogador da Chapecoense corria em direção ao gol, em uma clara oportunidade de abrir o placar, e expulsou o zagueiro atleticano.
Na batida da falta, Cléber Santana soltou o pé, e Luan se antecipou para interceptar a bola. O árbitro mandou que a cobrança fosse repetida. O meio-campista não foi atrapalhado por ninguém desta vez e estufou a rede da Arena Condá.
Para recompor a sua zaga, o técnico Levir Culpi recorreu a Edcarlos e sacrificou Guilherme. E quase comemorou o empate antes do intervalo, quando Marcos Rocha fez cruzamento para a área e Lucas Pratto emendou de primeira para fora.
A Chapecoense, no entanto, tentou tirar proveito da vantagem numérica para não colocar a vitória em risco no segundo tempo. Foi para cima do Atlético-MG e obteve algumas oportunidades de gol antes de Levir Culpi retomar a ofensividade com Dodô na vaga de Leandro Donizete.
Pouco depois, aos 18 minutos, o Atlético-MG chegou ao empate. Dátolo bateu um escanteio, e Pratto desviou de cabeça. O goleiro Danilo chegou a afastar de soco, porém a bola acertou Neto e entrou.
Insatisfeito com a igualdade, Vinícius Eutrópio resolveu trocar Ananias e Tiago Luís por Wagner e Camilo. O Atlético-MG insistiu e quase virou o jogo em conclusão de Dodô após jogada tramada pelos argentinos Pratto e Dátolo antes da substituição de Luan por Josué.
Com um jogador a menos, contudo, os visitantes não conseguiram manter o ritmo e acabaram castigados. Aos 32 minutos, Apodi dividiu com Pedro Botelho, e a bola bateu em seu braço. O jogador da Chapecoense continuou a avançar, deixou o seu marcador no chão dentro da área e bateu de esquerda para sacramentar o resultado.