O Atlético-MG estreou na Libertadores com uma derrota por 2 a 0 para os chilenos do Colo-Colo, em jogo realizado nesta quarta-feira, no estádio Monumental David Arellano, em Santiago. O Galo fez uma partida razoável no primeiro tempo e muito ruim na etapa final, pagando caro por uma rara falha do goleiro Victor e por vacilos da defesa.
O ídolo atleticano aceitou chute de longa distância de Flores, colaborando no revés alvinegro. A bola chegou a quicar no gramado para atrapalhar Victor, mas a bola era defensável. No segundo tempo, Paredes ampliou a contagem. Com a vitória, a equipe Cacique passa a dividir a liderança do grupo 1, com três pontos, juntamente com os colombianos do Santa Fé. Atlético-MG e os mexicanos do Atlas ainda não pontuaram.
O Atlético-MG volta a campo pela Libertadores na próxima quarta-feira, recebendo os mexicanos do Atlas, no Independência, mas antes o Galo terá pela frente o clássico contra o América-MG, domingo, no Horto, pelo Campeonato Mineiro. Já o Colo-Colo vai até a Colômbia, no dia 26 deste mês, encarar o Santa Fé.
O jogo –Jogando em casa, o Colo-Colo manteve maior posse de bola nos minutos iniciais, mas este domínio ficou restrito ao campo de defesa, sem conseguir criar jogadas de perigo contra a meta de Victor. A primeira conclusão em gol foi do Atlético-MG com o zagueiro Jemerson, desviando cobrança de falta da esquerda. A finalização, porém, passou sobre o travessão de Villar.
Com o passar do tempo, o Galo entendeu melhor a dinâmica do jogo, e equilibrou as ações em um bom jogo em Santiago. Luan e Maicosuel procuraram atuar pelos lados do campo, com Jô mais centralizado, e o argentino Dátolo na criação das jogadas. A movimentação das peças atleticanas confundiu bem a marcação chilena.
Taticamente, o maior problema da equipe de Levir Culpi foi visto nas laterais. Defensivamente Patric e Pedro Botelho não comprometeram, mas quando se aventuraram no ataque deixaram espaços para o contra-ataque. A chegada dos volantes como elemento surpresa também foi bem explorada pelo Atlético-MG, principalmente nos chutes de longa distância.
No time Cacique, a principal arma ofensiva para agredir o Galo foi pelo lado esquerdo ofensivo com Delgado, que deu muito trabalho para Patric, que teve uma boa chance de marcar aos 27 minutos, pegando rebote da zaga chilena, mas errando o alvo por pouco na hora do arremate. Sem marcar a quase um ano, Jô teve chance de acabar com o jejum, mas desperdiçou a oportunidade que teve.
Aos 38, quando Pedro Botelho tentou chegar à linha de fundo e não conseguiu voltar, o Colo-Colo encaixou a jogada em velocidade e Flores arriscou de longa distância e Victor aceitou, em frango do goleiro atleticano, permitindo a abertura do marcador. O time da casa poderia ter ampliando antes do intervalo, mas Suazo acertou o travessão do Galo.
O gol no fim do primeiro tempo deu moral ao Colo-Colo, que voltou mais animado no ataque, dando trabalho para a defesa do Atlético-MG, que foi o setor da equipe que mais destoou do restante do time, que foi bem do meio para frente. O jogo ganhou em emoção com muita vontade de ganhar dos dois lados.
Prova disso é que o técnico Levir Culpi optou por trocar o volante Rafael Carioca pelo jovem Dodô, fortalecendo o ataque e deixando apenas Leandro Donizete como jogador de contensão no meio-campo. Com essa estratégia, Dátolo recuou para jogar como um falso volante e não funcionou, porque aos 21, Paredes aproveitou cruzamento de Beausejour, e de cabeça, ampliou para o Colo-Colo.
As ausência dos laterais Marcos Rocha e Douglas Santos fizeram muita falta para o Galo já que Patric e Pedro Botelho não conseguiram dar conta do recado. Após os 30 minutos, o Atlético-MG perdeu rendimento na partida, com um segundo tempo bem diferente dos 45 minutos iniciais, quando chegou a ser melhor em alguns momentos.