Atlético-MG e Cruzeiro confirmaram as expectativas e fizeram um grande clássico neste domingo, no Independência. As duas equipes vêm encantando o Brasil com um futebol envolvente, e o torcedor que marcou presença no estádio ficou satisfeito com o espetáculo. Melhor para o Galo, que manteve a escrita de não perder no Horto, e ainda acabou com a invencibilidade do rival, vencendo por 3 a 0.
O primeiro gol do jogo foi anotado pelo avante Jô, que aproveitou assistência perfeita de Ronaldinho para deslocar o goleiro Fábio e levar a torcida do Galo à loucura nas arquibancadas. No segundo tempo, Tardelli pegou rebote na área e ampliou o placar e Marcos Rocha fechou o placar. Com o resultado, o Atlético-MG reverteu a vantagem que era do Cruzeiro, e agora pode até perder por dois gols de diferença para comemorar o bicampeonato.
O segundo tempo da decisão do Campeonato Mineiro será jogado no próximo domingo, e como o mando de campo será do Cruzeiro, o clube celeste decidiu jogar no Mineirão, com apenas 10% de torcida atleticana. O Galo busca o bicampeonato e a Raposa tenta recuperar o título, conquistado pela última vez em 2011.
O jogo – Atlético-MG e Cruzeiro vivem ótimos momentos na temporada, por isso, a expectativa era de um grande clássico, o que foi confirmado logo nos primeiros minutos, com as duas equipes preocupadas apenas em jogar em futebol e buscando o gol. O equilíbrio prevaleceu na maior parte do tempo, com alternância de oportunidades para atleticanos e cruzeirenses.
Jogando no Independência, o Galo teve mais volume ofensivo, e aos 11, Ronaldinho fez uma jogada de pura genialidade para limpar a marcação do Cruzeiro, e só parou na excelente defesa do goleiro Fábio. Aos 15, a estrela de Ronaldinho voltou a brilhar com uma assistência perfeita para o avante Jô, que na cara de Fábio, só teve o trabalho de deslocar o goleiro para abrir o placar no Horto e levar a torcida alvinegra à loucura.
O gol do Atlético-MG deu mais confiança para a equipe, que passou a dominar a partida, mas o Cruzeiro não se entregou e passou a atuar no contra-ataque, levando perigo quando conseguia chegar ao gol de Victor. Aos 24, Bernard arrancou em velocidade e rolou na medida para Jô, que tentou buscar o ângulo de Fábio e errou o alvo.
Com o Galo atuando bem, a torcida entrou na onda da equipe em campo, e passou a empurrar o time para buscar o segundo gol. Aos 31, Marcos Rocha teve chance de ampliar, mas a zaga celeste evitou o gol quase em cima da linha. Preocupado com o posicionamento do Cruzeiro, o técnico Marcelo Oliveira pediu que seus comandados encurtassem os espaços, evitando a necessidade dos chutões.
Apesar das orientações do técnico Marcelo Oliveira, o Galo continuou com as rédeas da partida, mudando o cenário inicial de equilíbrio de forças. O Cruzeiro teve algumas chances no primeiro tempo, mas as oportunidades mais claras foram do Galo, que poderia ter feito um número maior de gols na etapa inicial.
Na volta para a etapa complementar o Cruzeiro mostrou uma postura mais ofensiva, buscando o empate. Taticamente, o time atleticano procurou marcar atrás da linha da bola, na expectativa de roubar a bola para sair para o ataque em velocidade, usando a eficiência do quarteto R10, Tardelli, Bernard e Jô, que venceu o duelo contra o quarteto cruzeirense.
A vida do Atlético-MG na partida foi facilitada quando o zagueiro Bruno Rodrigo recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso, deixando o Galo em vantagem no número de jogadores em campo. Logo após o cartão vermelho, o Cruzeiro ainda teve uma ótima chance com Diego Souza, que acertou a trave de Victor, em arremate de fora da área.
A partir daí começou uma verdadeira blitz alvinegra atrás do segundo gol. Aos 21, Leandro Donizete tabelou com Jô e finalizou no canto direito de Fábio, assustando o goleiro celeste. Aos 27, Jô disputou bola com Paulão dentro da área, no rebote, a bola procurou Tardelli, que fuzilou a meta cruzeirense para dilatar o placar em favor do Atlético-MG.
O Galo continuou pressionando, e aos 33, chegou ao terceiro gol com Marcos Rocha, que aproveitou rebote de cabeçada na trave e bateu forte para enlouquecer o Independência. Com ampla vantagem, os atleticanos seguiram atacando e dando show para a torcida que aplaudiu o time até o apito final.