Se no jogo passado o Galo sofreu para vencer o Zamora, pela Libertadores, e no retrasado ficou com um empate sem gols com o Boa Esporte, neste domingo a torcida lavou a alma. Pela partida de volta das semifinais do Campeonato Mineiro, o Atlético fez 4 a 0 no Boa Esporte e garantiu sua presença na final do regional.
Cabe observar que a diferença técnica – e de investimentos – de Atlético e Boa é um oceano. Diante da obrigação de ganhar, neste domingo o Galo apenas atendeu as expectativas do que lhe é esperado. Todavia, o que apresentava nos jogos anteriores, a preocupação era clara em cada olhar. Apesar do largo triunfo, o Atlético ainda teve problemas na saída de bola e falhas defensivas.
O Atlético agora se prepara para uma partida da Libertadores, outra final, desta vez contra o Cerro Porteño, pela fase de grupos da competição, partida que o Galo precisa vencer para seguir vivo. Pelo Campeonato Mineiro, a equipe alvinegra agora enfrenta o grande rival, Cruzeiro, em dois duelos.
O Atlético entrou em campo sem a presença de Maicon Bolt. Nome importante na sofrida virada sobre o Zamora, na última quarta-feira, no Mineirão, pela Copa Libertadores, precisou ser poupado devido ao desgaste físico. Segundo a assessoria, está cansado.
A partida ficou os cinco primeiros minutos sem um jogo de futebol. As equipes não trocavam passes, apenas davam chutões, faziam faltas e travavam um estranho duelo de meio campo.
Aos seis, em cruzamento na área, Rever subiu mais que todo mundo, mas a bola foi para fora. O Atlético passou a ter mais a bola nos pés e perceber que, embora não jogasse fechado, o Boa Esporte teria uma postura de contra-ataques. Aos 10, em boa jogada pela esquerda, Cazares cruzou para Fábio Santos conseguiu meter a cabeça na bola e levar muito perigo. Minutos depois, em nova boa jogada, Fábio Santos cruzou a bola para Ricardo Oliveira e a bola passou pelo lado.
Na última semana o árbitro de vídeo já tinha gerado muita polêmica ao anular dois gols do Atlético. Neste domingo, a situação voltou a se repetir.
Primeiro aconteceu com o zagueiro Rever e Igor Rabello. Em cruzamento na área, os dois defensores puxaram os adversários e a bola sobrou para Luan marcar o tento. No recurso de TV, o replay mostrou para o árbitro Anderson Daronco a situação e o tento foi anulado.
Poucos minutos depois, o VAR foi usado novamente. Em cruzamento na área, Luan, outra vez, empurrou para o fundo das redes. Desta vez, Daronco queria ver se Ricardo Oliveira tinha tocado na bola e, consequentemente, invalidando por impedimento o tento. Mas este foi anotado.
Após o tento, o Atlético se mostrou melhor em campo. A equipe dominava as principais ações em campo e tentava criar oportunidades, na maioria dos casos com bolas pelas pontas.
Aos 40 o Galo ampliou. Em ótimo contra-ataque – poucas vezes visto por este grupo atleticano dirigido por Levir – Geuvânio entregou para Cazares no meio campo que coloca Elias na frente. O volante deixou a bola para Ricardo e recebeu de volta para marcar.
Aos 48, o Galo chegou ao terceiro. Cazares cobrou o escanteio curto e recebeu o passe de volta. O equatoriano chutou e o goleiro deixou passar.
O Galo voltou para a etapa complementar e demorou apenas dois minutos para conseguir balançar as redes. Com um vacilo da zaga do Boa Esporte, o zagueiro Fernando Fonseca escorregou e deixou a bola limpa para Geuvânio. Ele carregou à redonda e arrumou o corpo para colocar no canto.
Com a tranquilidade que o jogo proporcionou, o Atlético passou a aproveitar os contra-ataques. O Boa Esporte de alguma maneira ainda acreditava e passou a dar espaços ao buscar um gol.
Aos 25, Chará recebeu a bola na frente, puxou a bola para o meio e acertou uma bola na trave. Aos 29, Vinícius recebeu o passe de Ricardo Oliveira e chutou na saída do goleiro para ampliar. Por estar muito próximo a linha de impedimento, o lance exigiu novamente do grupo que cuida do VAR, mas rapidamente foi validado.
No finalzinho, Ricardo Oliveira teve mais uma chance, driblou o goleiro, mas o zagueiro conseguiu evitar o sexto gol atleticano.