Nunca na história do esporte de Mato Grosso, o Estado ficou tão próximo de ver um atleta genuinamente mato-grossense envolvido no maior evento esportivo do Mundo: os Jogos Olímpicos. A enxuta e promissora lista possui três nomes e é encabeçada pelo nadador Felipe Lima, medalhista no Pan-Americano de Guadalajara, no México, com as medalhas de ouro no revezamento 4x100m medley e prata na prova individual dos 100m peito, sua especialidade.
Os outros dois nomes são dos jovens atletas Joseílton Cunha (18), na prova dos 800m no atletismo e da canoísta Ana Sátila (15), de Primavera do Leste. Apesar da idade, os dois estão na briga por vagas para estar nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.
Por tudo que fizeram até agora, tanto em território nacional quanto internacional, os três atletas foram homenageados pelo Governo do Estado no início da semana com a medalha ‘Honra ao Mérito Esportivo", honraria concedida pela primeira vez.
Dos três, o mais experiente é Felipe Lima, que em 2007, disputou até o fim uma vaga na prova dos 100m peito para as Olimpíadas de Pequim, em 2008. Mesmo jovens e na lista de promessas brasileiras, Joseilton Cunha e Ana Sátila não falam em 2016, no Rio de Janeiro. São unânimes em ressaltar que estão no páreo para estar em Londres já ano que vem.
Campeão brasileiro e Sul-Americano na prova dos 800m, Cunha, que é natural de Nova Xavantina, mas atualmente reside em Barra do Garças. O atleta terá duas competições para assegurar uma vaga na equipe brasileira. Uma delas é o Campeonato Mundial Juvenil, em julho, em Barcelona, na Espanha. Ele tentará fazer o índice exigido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) em sua prova, que é de 1 minuto, 45 segundos e 92 centésimos.
Apesar dos ótimos resultados obtidos nos últimos dois anos, Joseilton ainda treina, mora e estuda em Barra do Garças. Ele é treinado pelo professor Severino Souza dos Santos.
Seguro do que quer para a sua carreira, o garoto ressalta que Mato Grosso precisa urgentemente de uma pista oficial de atletismo para aprimorar melhor suas promessas. "Só está faltando uma pista oficial para Mato Grosso se destacar no cenário nacional. Um local apropriado ajuda muito no aperfeiçoamento do atleta como por exemplo baixar tempo. Treinar numa pista sem estrutura e competir num piso de primeira acaba atrapalhando o desempenho do atleta. A diferença é muito grande", reclama Cunha.