O São Paulo foi soberano durante todo quase todo o jogo, mas o ataque não funcionou mais uma vez e o Atlético-MG acabou levando a melhor no Morumbi: 1 a 0, gol de Paulo Henrique. Foi a primeira vitória dos mineiros sobre os paulistas desde 2002, quebrando um tabu de seis partidas.
O resultado deixa o Tricolor na nona posição com sete pontos ganhos. Já o Galo foi oito pontos e pulou para oitavo. Na próxima rodada, o São Paulo recebe o Vasco no Morumbi, enquanto o Atlético-MG encara o Figueirense no Mineirão.
Os visitantes começaram o jogo melhor e quase abriram o placar já aos três minutos, em cobrança de falta de Lima que passou raspando a trave esquerda de Rogério Ceni. Aos seis, o Galo desceu em velocidade no contra-ataque, mas o chute de Marcinho saiu fraco e facilitou para o goleiro são-paulino.
O São Paulo cresceu a partir dos dez minutos. Aos 12, Dagoberto fez grande jogada pela ponta e cruzou para Jorge Wagner bater de primeira. O ala canhoto pegou mal na bola com o pé direito, mas quase acertou o cantinho de Diego. Três minutos depois foi a vez de Marcel assustar em cabeçada que saiu por cima do travessão.
Nesse momento, o Tricolor já tinha total domínio da partida e pressionava os mineiros em busca do gol. Aos 17, Alex Silva teve boa chance de cabeça, mas a bola passou por cima da meta. Aos 20, Jorge Wagner arriscou da entrada da área e também mandou alta demais. Quatro minutos depois, Rogério Ceni cobrou falta e Diego fez a defesa com tranqüilidade.
O Atlético-MG só reapareceu no ataque aos 26 minutos, quando Lima completou cobrança de escanteio e tirou tinta do travessão. A resposta são-paulina veio no lance seguinte, quando Souza bateu na intermediária e contou com o desvio da zaga para matar o goleiro atleticano, mas a bola acabou saindo pela linha de fundo.
A posse de bola seguia quase sempre com os donos da casa, que, na dificuldade de penetrar a retranca alvinegra, apostavam em cruzamentos para a área e em chutes de longa distância. Já o time comandado por Zetti atuava atrás da linha do meio-campo e se restringia aos contra-ataques.
O goleiro Diego precisou trabalhar mais uma vez aos 40 minutos, em tentativa de fora da área de Leandro. O atacante teve outra boa chance dois minutos depois, ao pegar um rebote dentro da área e chutar torto para fora. Ainda antes do intervalo, Ilsinho aproveitou uma falha do camisa um atleticano e, quase junto à trave, tentou o passe para Marcel, mas a zaga cortou a tempo.
As duas equipes voltaram para o segundo tempo com a mesma formação. E o São Paulo continuou melhor, embora encontrasse a mesma dificuldade para furar o bloqueio defensivo dos mineiros. A primeira grande chance da etapa complementar acabou sendo do Galo, aos 11, quando Galvão cabeceou após escanteio e Rogério salvou de cabeça, no susto.
No minuto seguinte, Zetti sacou Galvão para a entrada do garoto Paulo Henrique, mas o Tricolor seguia com mais volume e teve ótima oportunidade de abrir o placar aos 14, quando Ilsinho recebeu de Marcel e, cara a cara com o goleiro, foi travado pela zaga na hora do chute.
Aos 18, foi Josué quem apareceu bem para finalizar dentro da área, mas Diego fez boa defesa e colocou à escanteio. Na tentativa de pressionar ainda mais o rival, Muricy Ramalho colocou o meia Lenílson no lugar do lateral Ilsinho, deslocando Souza para o lado direito.
As pretensões do técnico são-paulino, porém, dificultaram aos 26 minutos, quando Leandro fez falta dura no meio-campo e recebeu o segundo cartão amarelo, deixando o campo mais cedo. Imediatamente, Zetti mexeu em seu setor ofensivo, substituindo Éder Luis por Tchô. Pouco depois, Muricy tirou Marcel para a entrada de Borges.
O Atlético-MG, então, começou a tocar mais a bola e equilibrou a partida. Faltando dez minutos para o final, os visitantes passaram a pressionar e conseguiram abrir o placar aos 38. Marcos cruzou da direita, a bola atravessou toda a área e Paulo Henrique apareceu no segundo pau para tocar de leve e balançar as redes de Rogério.
Dagoberto ainda fez grande jogada individual e quase empatou o jogo aos 43 minutos, mas a bola saiu pela linha de fundo e despertou a ira de boa parte dos torcedores, que pediram a saída de Muricy Ramalho.