A história envolvendo o Fortaleza e a Associação Profissional dos Árbitros de Futebol do Estado do Ceará (Sindarf-CE) parece ter ganhado mais um capítulo após o embate que sempre eleva a temperatura no estado, o Clássico Rei.
Segundo declaração dada pelo presidente do Sindarf-CE, João Batista Lucas Correia, a versão brasileira do site da ESPN, depois do desejo de diretores do Fortaleza em não ter arbitragem cearense nos seus duelos, agora é a vez dos próprios árbitros de dentro do estado se negarem a trabalhar em jogos do Leão.
“Os árbitros nunca são vistos como um prestador de serviço, um trabalhador. Mas eles se sentem assim. E uma vez que eles pensem assim é lógico que se perguntam: ‘É justo prestar serviço para alguém que diz que eu sou desonesto? É justo prestar serviço para quem diz, ao final do jogo ‘tu está me prejudicando?’ Será que o trabalhador-árbitro não tem o direito também de se negar a prestar um serviço para quem os acusa?”, justificou João Batista.
O mandatário da organização dos árbitros do estado nordestino até compreendeu e respeitou o desejo dos cartolas do Fortaleza. No entanto, ponderou as justificativas expostas:
“O Fortaleza tem todo o direito de solicitar árbitro de outro Estado. Só que na justificativa apresentada pelos dirigentes havia expressões que acabaram afetando a categoria, dizendo que em todos os jogos o clube se sentia prejudicado, que os árbitros do Estado são parciais e por aí vai.”