O Grêmio tenta superar os últimos detalhes burocráticos para oficializar a contratação de Eduardo Vargas nesta quarta-feira. O executivo de futebol Rui Costa, após passagem por Portugal, onde negociava com dirigentes do Sporting pelo lateral Emiliano Insúa, agora está na Itália para fechar os últimos detalhes do acerto com o chileno do Napoli.
"Estamos tratando de questões formais, coisas que precisam ser feitas em negociações desse tamanho. Precisamos de alguns ajustes, da presença do jogador, para depois formalizar. O acordo com o Napoli está celebrado, mas precisamos ter cautela", disse Rui, em entrevista ao repórter Franklin Berwig, da Rádio Gaúcha.
Rui citou as complicações que atrasaram a negociação por Vargas. Segundo o homem forte do futebol tricolor, a concorrência de São Paulo e Arsenal quase inviabilizou o acerto. No entanto, a postura assumida pelo Grêmio levou a um acordo não só com o Napoli, mas também com o atacante chileno.
"Vários clubes estavam interessados. O Arsenal queria ele e aqui no Brasil vários outros clubes também. Mas em todo o processo tivemos o cuidado de conversar sempre com o Napoli, mantendo informado o procurador e o próprio jogador", complementou o dirigente.
Rui Costa também explicou que o tempo de empréstimo de Vargas ao Grêmio é de um ano. Mas uma cláusula pode fazer com que os italianos determinem o retorno do chileno após seis meses, caso recebam oferta para venda em definitivo. Entretanto, uma cláusula garante a presença do chileno em uma eventual final da Libertadores.
"Essa questão da solicitação de retorno depois de seis meses é praxe na Europa. Mas, em princípio, o empréstimo é de um ano. Mas conseguimos, com a compreensão do Napoli, que, se nós disputarmos a final da Libertadores, esse prazo se prorroga até que a competição termine", esclareceu Rui.
Apesar do acerto, Eduardo Vargas não terá condições legais para disputar a primeira fase da Libertadores, contra a LDU. O chileno só estreia na competição continental caso o Grêmio avance para a fase de grupos.