Um ação cautelar, com mandado de garantia, poderá paralisar a disputa da Segunda Fase do Campeonato Mato-grossense/2015, até que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) no Rio de janeiro, julgue o recurso do Sinop Futebol Clube. Punido pelo TJD da FMF com a perda de pontos e o consequente rebaixamento para a Segunda Divisão, por utilizar atletas sem registro na CBF, o clube recorreu direto à instância superior e espera obter êxito nos próximos dias.
O processo está sendo acompanhado pelos advogados Marcelo Mendes e Mário Bittencourt, que é vice-presidente do Fluminense-RJ. De acordo com o Código Brasileiro de Justiça Desportiva, em seu artigo 88: “Concede-se o mandado de garantia sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, alguém sofrer viola- ção em seu direito líquido e certo, ou tenha justo receio de sofrê-la por parte de qualquer autoridade desportiva”. A defesa do Sinop se embasa ainda no artigo 94 do CBJD.
Acumulando um prejuízo de R$ 150 mil desde que foi eliminado, o Sinop não descarta também acionar a Justiça Comum para reaver os prejuízos financeiros causados pelo rebaixamento ocasionado pela punição. “Não vamos deixar barato, com certeza”, disparou Agnaldo Turra, presidente do Sinop e secretário de esportes do município. Segundo ele, os 19 jogadores contratados em outros estados continuam treinando, hospedados e se alimentando na cidade. Sobre a polêmica da denúncia de irregularidade, o dirigente atacou o presidente da FMF. “Temos o protocolo de que os atletas foram registrados, se não apareceu no BID são outros 500. Esse presidente (Helmute Lawisch) está fazendo um monte de m….”, disparou “Não posso tirar o direito de ninguém, mas não podemos assumir o erro. O próprio presidente da FMF falou que os jogadores estavam registrados”, concluiu Turra.