Há quase um mês em greve, professores da rede estadual de Mato Grosso se organizam para reforçar a pressão ao governo e conseguirem aumento para que o piso salarial seja de R$1.050 mil para nível médio e R$1.575 mil para superior, ainda este ano.
Entretanto, desde 14 de março, nada foi acertado e alunos continuam perdendo aulas.
Em nova divulgada o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) diz que o governo ‘blefa’contra a educação. Cita que “há dez anos a categoria não tem reajuste ou aumento salarial, ao contrário do que afirma os documentos do governo”, menciona. Alega ainda que “em maio de 2004, o governo Blairo Maggi, descumprindo o que diz a lei do subsídio, criou uma gratificação de incentivo à docência, somente para os professores em sala de aula, e penalizou os demais profissionais da educação em 12% a menos no seu salário”, fala.
Além da cobrança salarial, a categoria reivindica a aplicação de recursos constitucionais em educação, como o IRRF, e pagamento do piso possível em maio, a partir da aplicação, de, no mínimo, 65% de todas as receitas, para pagamento dos salários.
Somente em Sinop, maior cidade da região Norte, são cerca de 15 mil estudantes da rede. A preocupação de muitos pais é que seus filhos sejam afetados devido a greve. “Não sei se meu filho vai poder prestar um vestibular final do ano, se não tem a garantia que terminará”, disse uma mãe, ao Só Notícias.
Entretanto, o Sintep garante que os alunos não serão prejudicados com o movimento e que o calendário escolar será reformulado, a partir do retorno das atividades. Esta tarde em Cuiabá, profissionais da educação reunem-se em mais uma assembléia, para deliberar sobre o assunto.