O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) antecipou para a próxima terça-feira (3) a assembleia geral marcada para o dia 5 de outubro, que vai avaliar se os profissionais da rede municipal de Educação entrarão em greve por tempo indeterminado. “Não tivemos mais reuniões e acredito que, até a próxima semana, não teremos mais. A última foi no dia 21. A prefeitura segue com as negativas para avançar nas reivindicações da categoria, sob alegação de indisponibilidade financeira”, afirmou, ao Só Notícias, a presidente do sindicato, Maria Aparecida Lopes Moreira.
Os professores cobram, principalmente, redução na jornada de trabalho, de 38 para 36 horas semanais. Os técnicos, por outro lado, pedem diminuição de 40 horas semanais para 38. Para pressionar a prefeitura, os trabalhadores decidiram cruzar os braços por três dias (entre terça e quinta-feira da semana que vem). “Havíamos decidido que esta paralisação seria uma advertência para que a prefeita tomasse providências para atender a reivindicação da categoria. Como não avançou, decidimos antecipar a assembleia para deliberar se a greve será por três dias apenas ou por tempo indeterminado”, explicou Maria.
O Sintep ainda não confirmou quais escolas irão aderir ao movimento na semana que vem. Segundo Maria, o último levantamento feito esta manhã, apontava que 15 unidades confirmaram a paralisação. O levantamento definitivo, no entanto, será divulgado na segunda-feira, conforme a presidente do sindicato. “O chamamento é para todos os profissionais da rede municipal, não só professores e técnicos. O sindicato irá apenas conduzir o processo. Quem decide os rumos é a categoria”.
No mês passado, os professores fizeram uma mobilização que durou um dia, em frente à Secretaria Municipal de Educação. Segundo o Sintep, na ocasião, mais de 90% das escolas aderiram ao ato.
No início do mês, a secretária municipal de Educação, Veridiana Paganotti, afirmou, ao Só Notícias, que a prefeitura não possuía recursos financeiros para atender ao pedido da categoria. “Estamos avaliando mensalmente o orçamento. Infelizmente, até agora, o momento financeiro não permite atender ao anseio da categoria. Porém, estamos ansiosos por uma recuperação econômica que permitirá dialogar e precisar uma data (para redução da jornada) ao sindicato”, adiantou Veridiana, na ocasião.