Os profissionais da rede municipal de ensino acabam de decidir, por unanimidade, em assembleia geral, que vão manter a greve, que completou um mês, neste final de semana. De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep), Sidinei Cardoso, a notificação sobre a decisão judicial para encerrar a paralisação foi recebida na sexta-feira (23). “O prazo para acabar com o movimento terminou hoje, às 8h30, mas vamos recorrer na justiça. Enquanto isso, vamos ficar na Secretaria de Educação até que o prefeito Juarez Costa resolva a situação das reivindicações”, disse, ao Só Notícias. Um grupo de grevistas decidiu “acampanhar” na secretaria como forma de pressão.
O departamento jurídico da prefeitura confirmou que vai pedir a execução da multa diária de R$ 20 mil como foi determinado na decisão da desembargadora Maria Helena Póvoas, na terça-feira (21). Ela deu 72 horas, após a citação, para que os profissionais voltassem ao trabalho. A administração também estuda a chamada de professores interinos.
Conforme Só Notícias já informou, o movimento iniciou com a reivindicação de reajuste de 6,2% retroativo (janeiro a março) pago em única parcela, na folha deste mês. Porém, a prefeitura argumentou que só podia pagar parcelado. O sindicato também quer a reposição salarial de 6,2% mais 1,78% para todos os cargos (apoio, administrativo e técnico educacional). Na quinta-feira passada, o prefeito afirmou que a primeira parcela da reposição – de 6,2%, de janeiro a abril – já foi paga. No final deste mês sai a segunda. O restante será em duas vezes.
Pelo menos 8 mil alunos estão sem aulas nas escolas e creches municipais. Uma parte das unidades escolares está funcionando. A reposição de aulas, segundo o prefeito, será feita em dezembro e janeiro, se necessário.


