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Sinop: secretaria descarta aulas online e busca forma de amenizar impactos de suspensão

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Só Notícias/Luan Cordeiro (foto: Só Notícias/Diego Souza/arquivo)

A secretária de Educação, Esporte e Cultura, Veridiana Paganotti descartou, ao Só Notícias, a possibilidade da pasta adotar aulas on-line na rede municipal de ensino composta por mais de 17 mil estudantes e cerca de 900 professores, considerando que as aulas estão suspensas desde dia 16 de março e ficarão até o próximo dia 30. A pouca idade dos alunos é um fator desfavorável ao método. “Nossos alunos são muito pequenos, trabalhamos com ensino fundamental 1, que engloba até o 6º ano, é difícil que consigam fazer atividades sozinhos, precisam do auxílio de professores”, destacou.

“Não é viável para se fazer porque também tem a parte financeira dos pais, que não é muito adequada a essa nova realidade de coisas on-line, nem culturalmente porque a maioria não consegue auxiliar os alunos, e também em relação a parte de não ter internet, ou ter somente um telefone, que precisa ser recarregado para essas crianças terem acesso a informação”, acrescentou.

Conforme Veridiana, neste momento a pasta está usando o método on-line para capacitar os profissionais. “Estamos trabalhando para que ao retornar façamos um bloco de atendimento mais ajustado aos alunos”. “Agora não é todo mundo que tem internet, que tem uma resolução boa e 170 professores também estão afastados em maioria grupo de risco. Ainda não temos nenhuma ferramenta externa”, ponderou.

A secretária também apontou que os professores passaram atividades aos alunos antes da suspensão para serem feitas durante o período. “Deixamos coisas para fazerem. Além disso estamos orientando os pais que deem áudios de livros para as crianças terem o que fazer, contar historinhas, são ações que podem ser feitas”, emendou.

A responsável ainda ressaltou que uma das maneiras projetadas para diminuir os impactos da suspensão é fazer uma hora a mais de aula por dia, totalizando em 5 horas extras por semana. “Estamos esperando para ver se o retorno se dá mesmo nesses 30 dias e aí vamos estar levando propostas para os nossos professores de como trabalhar. Se essa paralisação for só de 30 dias, até o dia 31 de julho eu regularizo a carga horária com esse sistema”, sinalizou.

Veridiana também descartou, momentaneamente, as aulas aos sábados ou durante período de férias. “Nosso objetivo é trabalhar sempre de segunda a sexta-feiras porque pesquisas já mostram que sábados e férias não são momentos onde há adesão das famílias para levar os alunos para a escola. Queremos facilitar a situação dos pais também”, expôs.

Outro ponto apontado pela secretária é que agora o período de férias coletivas já esgotou-se. “Neste momento nós estamos com banco de horas, e os profissionais estão se preparando em casa. No retorno faremos essa compensação de horas não trabalhadas por esses professores”, completou.

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