O ano letivo começa em duas semanas e podem faltar professores para disciplinas de história e geografia (Ciências Sociais) embora o processo de atribuição de aulas ainda não finalizado. “Já sabemos que não tivemos muitas inscrições nas escolas nesta área [ciências sociais], talvez poderá ser preenchida por outros profissionais, mas isto somente acontecerá se realmente não tivermos ninguém na área afim”, explicou a assessora pedagógica, Silvia Inês Kuhn. A falta do curso de formação superior nestas áreas em Sinop e região e a queda no número de estudantes que saem do ensino médio interessados pelos cursos de licenciatura são apontados como problemas para falta de professores nestas áreas.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep) em Sinop, Eliane Carvalho, outro problema é a atual condição de ensino. “O que está acontecendo é que muitos dos jovens saem da faculdade com uma visão. Lá eles vão para o estágio em grupos, com projeto definido, e quando chegam nas salas, como professores, desistem, pois a realidade é diferente. Não tem como ser trabalhado apenas com projetos por exemplo”, explicou. “Há também a questão salarial. Hoje se trabalha muito e o salário não é compensatório”, declarou, ao Só Notícias.
Esta semana as escolas farão a segunda etapa das atribuições de aulas, definindo para quantas turmas cada professor lecionará. A partir do dia 3, a atribuição ocorre na Assessoria Pedagógica. “Somente depois deste processos é que faremos atribuição de aulas para professores fora da área de formação, seguindo a portaria estabelecida pela Seduc (Secretaria de Educação)”,explicou Silvia.