Os mais de 900 alunos (entre 1° série e 3°anos e, educação de jovens e adultos) da escola Estadual Nossa Senhora da Glória devem permanecer sem aulas enquanto as reformas de 11 salas e ampliação de mais 4, banheiro, cozinha e refeitório não concluírem. A decisão foi tomada no final de semana, durante assembléia com pais, alunos e funcionários da escola. Os professores apresentaram proposta de suspender as aulas enquanto não haver o mínimo de condições, aprovada pelos pais, que entrarão com uma ação no Ministério Público hoje.
Conforme Juscelino Della Justina, membro da comunidade escolar, o segundo será a intervenção no trabalho da empreiteira, bloqueando o acesso dos funcionários a obra a partir de hoje “Essa empreiteira não tem cumprido o acordo que tem feito, então a empreiteira não tem condições de continuar e, nós não vamos deixar”, declarou, ao Só Notícias. Os pais também pedem a troca de empresa.
Della Justina enfatizou a necessidade da vinda do secretário Estadual de Educação, Ságuas Moraes, para verificar a realidade da obra e as atuais condições de ensino. “Ele será bem recebido, não queremos atirar uma pedra ou criticá-lo, mas queremos que ele venha somar conosco para que essa obra termine o mais rápido possível porque são mais de 900 alunos que estão fora das salas de aulas”.
Segundo o diretor Anézio Bach, a direção entrou com pedido de averiguação no Ministério Público, na semana passada. “Precisamos de educação com qualidade, não adianta ficarmos aqui, brincando de trabalhar, em situações inadequadas, colocando as crianças em risco por conta da estrutura que nós temos de trabalho com essas salas de aulas improvisadas, ambiente inadequado tanto para os alunos quanto para os professores”, enfatizou.
Conforme Só Notícias já informou, foram destinados cerca de R$ 602 mil para a reforma, que começou em janeiro com prazo de 120 dias para conclusão, o que não aconteceu. Novos prazos foram dados a construtora, que não foram cumpridos. No último dia 16, os pais, alunos e professores fizeram um manifesto, bloqueando a BR-163 por duas horas. Na ocasião, o secretário enviou um ofício se comprometendo com a conclusão de 12 salas, banheiro e cozinha até a última quinta, o que novamente não ocorreu, gerando a ‘indignação’ dos pais. A escola encontra-se sem banheiros, sem iluminação, sem parte hidráulica e elétrica, sem uma cerca de proteção, com piso de cimento e em apenas três salas têm forro. Durante a reforma, os alunos estavam estudando em um barracão locado (antiga retifica de motores), onde as salas são divididas por compensados de madeira, que está começando a ressecar, fazendo com que os pregos que sustentam a estrutura, caiam.
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