Os trabalhadores da educação pública estadual fazem, ato público, a partir das 14h, em frente à Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e na Praça Ulisses Guimarães, onde será montado um acampamento. Na próxima quarta-feira, farão uma vigília em frente o Palácio Paiaguás, para cobrar posicionamento do governador Silval Barbosa, em relação a cobrança para o piso salarial sera de R$ 1.312 ( o governo oferece R$ 1.248). Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Gilmar Soares Ferreira, a mobilização deve ser incentivada, daí a aprovação do acampamento. Serão organizados grupos de trabalho para agregar mais trabalhadores ao movimento. Também serão convocadas três pessoas de cada município para compor o acampamento e incentivar a participação dos trabalhadores do interior do Estado. O sindicalista considerou fraca a interlocução feita pela Assembleia Legislativa. Para ele, "falta vontade política para garantir educação de qualidade para a população".
O sindicato também reivindicam pagamento das horas atividades para professores contratados, posse imediata dos professores aprovados e avanço na lista dos classificados nos concursos. O movimento grevista, iniciado semana passada e que continua por tempo indeterminado, também busca que os professores tenham condições de se "dedicarem integralmente aos seus alunos, sem a necessidade de terem dois ou mais empregos. Além disso, defendem mais investimentos na estrutura das escolas para que educação de qualidade seja levada efetivamente à população".
O Sintep também expõe que a aplicação do piso salarial de R$ 1.312, reivindicado pela categoria, "não está fora da realidade financeira de Mato Grosso. Se esse valor já fosse praticado, a folha de pagamento da pasta custaria pouco mais de R$ 760 milhões, o que equivale a 57,82% da arrecadação estadual da Educação. Portanto, não ultrapassa os 60% que devem ser destinados ao pagamento de salários dos profissionais da educação. A análise está baseada no estudo feito pelo Sintep e que não foi contestado pela Secretaria de Estado de Educação".