O secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, desmentiu boatos de que a reforma administrativa irá extinguir a Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat) e tirar a autonomia da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), em audiência pública na Assembleia Legislativa, hoje. Ele foi enfático ao afirmar que as duas informações não passam de “fofoca” e convidou o público presente – professores, servidores técnicos, estudantes e sindicalistas – para uma reunião com o governador Pedro Taques, amanhã, no Palácio Paiaguás. “Não aumentamos o orçamento da Fapemat à toa. Aumentamos porque queremos melhorar a Fapemat. Ela não será extinta. Isso nem está em avaliação”, assegurou, parabenizando o trabalho do presidente da fundação, Antônio Carlos Máximo, que estava presente no evento.
O secretário rechaçou ainda qualquer mudança na autonomia financeira e administrativa da Unemat. Ele lembrou que tem se reunido constantemente na Casa Civil com a reitora Ana Di Renzo, que também acompanhava o debate. “A Unemat vai permanecer intacta em sua autonomia administrativa e financeira. Ninguém do governo disse ou sequer ventilou essa hipótese. Pelo contrário, o governo aumentou o orçamento da universidade. Nunca passou pela cabeça do governador qualquer medida que pudesse enfraquecer a Unemat”, disse Paulo Taques.
Secitec e reforma administrativa
Promovida pelo deputado Dr. Leonardo, a audiência pública teve a presença da secretária de Ciência e Tecnologia, Luzia Helena Trovo. O destino da Secitec com a reforma administrativa também foi questionado pelo público.
Paulo Taques relatou que o governo estuda a possibilidade de unir a pasta com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec). No entanto, frisou que ainda não há decisão tomada. “Quero abolir a palavra extinção e convidá-los ao raciocínio da palavra fusão. A Secitec não vai abandonar ou perder nenhum dos seus serviços”, garantiu.
O projeto de reforma administrativa deve ser finalizado em agosto e enviado à Assembleia Legislativa. O objetivo é principalmente dar mais agilidade aos serviços prestados. “O ente Estado é, por sua própria natureza, lento e burocrático. Em alguns lugares, a burocracia precisa existir. A ideia do governador Pedro Taques é: Onde nós podemos melhorar para que o serviço seja mais ágil sem perder a segurança, sem perder os mecanismos de controle? Isso não é uma equação simples”, avaliou.