Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso avaliam, a partir das 14h, a manutenção ou encerramento da greve. A paralisação é a maior da história com duração de 120 dias. Durante a assembleia, será analisada a evolução das negociações e os resultados do movimento grevista. Devem ser avaliadas as universidades que acabaram aceitando a proposta do governo federal e retomaram as atividades e as que ainda persistem com as reivindicações.
Conforme Só Notícias já informou, o calendário de aulas pode levar até três anos para ser completamente regularizado após o período de greve dos docentes. A avaliação foi pela reitora da instituição, Maria Lúcia Cavalli Neder. “Nós faremos todo o possível, discutiremos com os professores, discutiremos nos conselhos universitários e de ensino e pesquisa, para que a gente possa adiantar cada vez mais o calendário para que daqui dois ou três anos estejamos dentro da normalidade que o ano letivo requer”, explicou.
A mobilização afetará também o ingresso de calouros que serão selecionados a partir do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), que ocorrerá nos dias 3 e 4 de novembro. As primeiras aulas destes poderão ocorrer a partir do quinto mês de 2013. “Possivelmente lá pelo mês de maio. A gente ainda não tem essa precisão ainda”, enfatizou.
A Andes fez uma proposta baseada no “piso proposto pelo governo para o início da carreira do professor graduado em 20h, de R$ 2.018,77, e reduz de 5% para 4% os degraus entre níveis remuneratórios, com evolução uniforme, fatores definidos para remuneração dos regimes de trabalho (20h x 40h x DE = 1 x 2 x 3.1) e percentual definido de cada titulação como parte constitutiva do vencimento básico (aperfeiçoamento = 7,5%; especialização = 18%; mestrado = 37,5%; doutorado = 75%)”.
O governo federal já fez duas propostas a categoria, ambas rejeitadas. Já os técnicos administrativos da UFMT aceitaram a proposta do governo e encerraram a greve. Eles voltaram ao trabalho no dia 27 de agosto.
(Atualizada às 9h)