A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) recebeu a resposta Ministério da Educação em relação à criação da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) a partir do Campus Universitário de Rondonópolis. A informação foi prestada na reunião do Conselho Universitário (Consuni), na última quarta-feira, à tarde, pela conselheira Lindalva Maria Novaes Garske, diretora do Instituto de Ciências Humanas e Sociais e membro da Comissão Geral pela Criação da UFR.
Em resposta ao ofício enviado pela reitora Maria Lúcia Cavalli Neder, em março deste ano, solicitando o posicionamento em relação ao assunto, a Secretaria de Educação Superior (SESu) “reconhece a legitimidade do pleito ao destacar a importância dessa nova universidade para a região onde se insere o atual campus da UFMT” e enumera dois motivos para a negativa à criação nesse momento: a primeira econômica e a segunda qualitativa, nos termos do Projeto de Lei 7200/2006 proposto pelo MEC para a reforma da educação superior.
“A SESu não fala que não vai ter uma universidade, mas aponta algumas questões a serem observadas para chegarmos até lá. Nós vamos rever, reunir as condições e retomar o processo. Sobretudo em relação à implantação de mestrados, temos três projetos encaminhados – um já está na Capes – e outros dois que serão enviados no segundo semestre”, adianta. A proposta que tramita na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) é a de criação do mestrado em Educação. A professora acrescenta, ainda, como política adotada nesse âmbito, o estímulo à especialização.
“Apoio a luta, acho que Mato Grosso tem condições de ter mais uma universidade federal”, declara a reitora Maria Lúcia, que durante a sessão do Consuni, observou que esta é a resposta do MEC para o momento e que “é preciso continuar a lutar para alcançar as condições necessárias”. Em relação à estrutura multidisciplinar, ao número de cursos de graduação – são exigidos, no mínimo, 16 e são oferecidos 19 -, aos projetos de extensão e ao corpo docente, o Campus de Rondonópolis já reúne as condições, informa a reitora.
Quando aos recursos, o documento informa que o ministério aprovou projetos, pactou metas e comprometeu os recursos dos programas de expansão da Universidades Federais, em 2007, quando a totalidade dessas instituições os adotaram. Esses programas encontram-se em fase de consolidação, “não proporcionando, no momento, espaço econômico ou político, para a obtenção de novos recursos econômicos e de pessoal que permitam viabilizar o legítimo pleito em apreço”, explicita a SESu.
A Secretaria de Educação Superior “reconhece a legitimidade do pleito ao destacar a importância dessa nova Universidade para a região onde se insere o atual campus da UFMT” destacando a importância da presença da Universidade como indutora de desenvolvimento regional e nacional no atendimento á demanda do interior do país, na transformação positiva das estruturas física, política, social, cultural e ambiental locais; na criação ou indução de novas demandas e oportunidades e no combate às desigualdades regionais e espaciais.