Prestes a completar dois meses de paralisação, os professores da Universidade Federal de Mato Grosso deverão participar do movimento docente na Marcha dos Servidores Públicos a Brasília, programada para 18 de julho. A informação é do comitê local. A definição ocorreu na última semana, durante assembleia geral, onde os profissionais decidiram radicalizar o movimento. Conforme assessoria do grupo, somente a mobilização em massa dos docentes pode garantir o retorno do governo federal às negociações com a categoria.
“A luta pela reestruturação do trabalho docente é mais do que legítima, ela é urgente no bojo da defesa da universidade pública. O ANDES, há mais de dois anos, apresentou o seu projeto de carreira docente ao governo, por entender que não é mais possível conviver com a falta de garantias objetivas no exercício do trabalho acadêmico”, descreve a categoria que aguarda uma contraproposta do governo federal. Dia 31 de agosto é a data final para o fechamento do Orçamento da União.
De acordo com a comando nacional da freve, dia 20 de julho haverá plenária dos servidores públicos federais para deliberação de outro calendário de mobilizações. Ainda segundo o sindicato nacional, há 56 unidades educacionais – entre universidade, instituto e centro federal de educação – paralisadas.
Conforme Só Notícias já informou, a categoria reivindica o reajuste salarial de 4%, incorporação da Gratificação Específica do Magistério Superior (Gemas) e reestruturação da Carreira Docente, além da valorização da carreira e melhores condições de trabalho. Em Mato Grosso, são cerca de 20 mil estudantes sem aulas.