Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso decidiram votar pela continuidade da paralisação na instituição. A decisão foi anunciada, agora há pouco, em assembleia geral para avaliar o movimento grevista, que foi iniciado em 17 de maio. Desta forma, após 82 dias sem aulas, os professores prometem endurecer ainda mais o movimento para forçar o governo federal a realizar uma proposta que satisfaça os servidores.
Conforme Só Notícias já informou, por enquanto, o governo apresentou duas propostas e as duas foram consideradas insatisfatórias e, com isso, rejeitadas. A rejeição da última proposta aconteceu em assembleia, na semana passada. Os profissionais entendem que ela não representa avanço significativo em relação à primeira. Os reajustes oferecidos variam entre 25% e 40% para todos os docentes. Além disso, a data para entrada em vigor do aumento foi antecipada. A nova proposta do governo foi aumentada em 7,7%.
Com isso, a reestruturação de carreira, apresentada aos professores universitário, terá impacto de R$ 4,2 bilhões no Orçamento Federal. O montante é R$ 300 milhões a mais que a oferta anterior, de R$ 3,9 bilhões. Os aumentos, que serão escalonados durante os próximos três anos, começam a vigorar a partir de março de 2013. Na proposta anterior, feita no último dia 13, o aumento iria vigorar a partir de julho do próximo ano.
Além dos professores, os técnicos administrativos de todos os campi da UFMT estão em greve. Com isso, cerca de 20 mil alunos estão sem aulas. Informação divulgada recentemente aponta que o ano letivo deve se estender até o início de 2013.