Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) aprovaram, ontem, em assembleia geral, paralisação de 24 horas, dia 5 de julho, acompanhando decisão nacional das instituições federais de ensino ligadas ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN).
A decisão sobre início de greve foi adiada para agosto. “Precisamos, antes, ganhar musculatura política para, se for o caso, deliberar por uma greve”, disse o presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat) professor Carlos Alberto Eilert, por meio de assessoria.
Os professores da UFMT também vão elaborar pauta de reivindicações apontando os problemas locais. A próxima assembleia foi marcada para 20 de julho, às 14h, no auditório do sindicato e será avaliado indicativo de greve.
Conforme Só Notícias informou, a possibilidade de greve passou a ser cogitada em protesto ao congelamento dos salários do funcionalismo federal até 2019, conforme prevê o Projeto de Lei Complementar 549/2009, atualmente em trâmite no Congresso Nacional.
Entre outros motivos, também é apontado “sucateamento da estrutura física da UFMT; perdas salariais de mais de 152% nos últimos 12 anos e a medida aprovada no Congresso Nacional autorizando a admissão de professores temporários nas universidades federais”.
Membros da reitoria estiveram presentes da assembleia. Segundo assessoria, a pró-reitora de Gradução, Miriam Tereza, disse que a contratação de substitutos e temporários graduados é uma decisão política e de gestão, não só para cobrir as vagas, mas também porque professores que não têm títulos recebem salários menores. Segundo ela, se fossem priorizadas contratações de titulados a administração da UFMT teria que reduzir o número de contratos, correndo o risco de não completar o quadro docente.
A pró-reitora de Planejamento, Elisabeth Aparecida Furtado de Mendonça, alegou também que outro complicador é que em 2010 o Governo criou uma rubrica específica com limitação de contratação de substitutos.