Os professores, técnicos e demais servidores da Educação decidiram, há pouco, na escola Nilo Póvoas, em Cuiabá, durante assembleia geral, iniciar greve a partir do próximo dia 31 caso o governo estadual não atenda as reivindicações. Eles querem um calendário oficial sobre a data de concurso público na Educação, o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) de 11,28% dos servidores e se manifestaram contrários a implantação das Parcerias Públicas Privadas (PPPs) nas escolas. Amanhã, começa a paralisação das atividades, por 48h, conforme está programado pelo Fórum Sindical, que está pressionando o governo conceder a reposição inflacionária dos servidores públicos.
O governador Pedro Taques (PSDB) disse, pela manhã, na sede da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) em ato que estava sendo oficializado o novo secretário da pasta, Marco Marrafon, que não existe privatização nas escolas. "Nós discutiremos PPP (para estruturas físicas das escolas). Isso será debatido em audiências públicas".
O governador reafirma que o Estado não tem condições de repor o RGA neste momento. "São 100 mil colaboradores, 39 mil profissionais da educação, 22 mil professores, 60% desses professores são contratados. Precisamos de concurso para professores. É muito fácil falar sim. O dificil é falar não. Nós não temos condições de fazer concurso público neste ano. Não temos condições de fazer concurso neste ano. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) não permite. Quem fala a verdade não merece castigo".
Taques lembra que o acordo de reajuste salarial com a Educação será mantido. "Terão 7% de acréscimo na folha de pagamento. Mas a RGA não será possível. Ou pago salários ou pago RGA".