O manifesto dos profissionais da educação em Cláudia (80km de Sinop) que estão acampados em frente a prefeitura completou um mês, ontem. A greve, porém, persiste há 36 dias. “Registramos um boletim de ocorrência denunciando as intimidações sofridas”, informou através da assessoria, o presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Edson Sauthier, citando o caso de uma professora que filmava a manifestação teve o braço apertado e a câmera caiu. “Durante o ato público na quarta-feira, tivemos outras situações como essa com o intuito de intimidar o movimento, mas isso tornou nosso movimento mais forte ainda”, ressaltou.
Os trabalhadores da Educação enfrentam ainda outro problema. De acordo com o sindicalista, o prefeito Vilmar Giachini divulgou na imprensa local que os profissionais estariam recebendo multa diária de R$ 5 mil. “A greve não foi considerada ilegal e fizemos uma denúncia na promotoria pública contra essas declarações”, disse.
Conforme Só Notícias já informou, a categoria reivindica o Plano de Carreiras dos Profissionais da Educação da Rede Municipal, implementação do piso salarial, cobrança das dívidas históricas relacionadas à previdência municipal, à merenda escolar, e de recursos desviados do Fundef nos anos de 2001 a 2004, que deveriam ser transformados em reajuste salarial ou rateio, totalizando mais de R$ 2 milhões de recursos.