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Mantida a greve de professores federais em Mato Grosso

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Ministério da Educação e professores federais em greve caíram em mais um impasse. Na última sexta-feira à noite, o ministério apresentou mais uma versão da sua proposta de reajuste depois de ter rejeitado a contraproposta apresentada pelo comando de greve. Isso depois dos professores não terem concordado com a primeira proposta do MEC, feita há 10 dias.

Nesta segunda-feira, o sindicato da categoria divulgou uma nota em que rejeita de antemão a nova proposta, mesmo antes da realização das assembléias nas universidades, que ocorrem até esta terça-feira.

A briga é por números. O ministério tem R$ 500 milhões para investir no reajuste dos professores. Apresentou uma proposta que cria mais uma classe de professor, o associado, aumenta o valor de uma das gratificações e o valor pago pela titulação do professor. Os professores querem um reajuste linear de 18% e a incorporação, pelo menos em parte, das gratificações existentes hoje.

O MEC alega que a proposta dos professores vai custar R$ 1,3 bilhão. “É um valor muito além do que dispomos hoje”, disse Ronaldo Teixeira, secretário-executivo adjunto do ministério. “Mas ainda não recebi nenhuma rejeição oficial. Nossa reunião é apenas na quarta-feira”.

O sindicato está contando com a rejeição da proposta porque ela é pouco diferente da apresentada na semana passada e já rejeitada pelos grevistas.

O ministério melhorou o percentual da Gratificação de Estímulo à Docência (GED) e criou mais uma faixa salarial para o professor associado. O problema é que os professores recusam qualquer proposta que seja de aumentar as gratificações, em vez de incorporá-las no salário-base.

Nesta segunda-feira, os professores enviaram um ofício pedindo uma audiência com o ministro da Educação, Fernando Haddad. Até agora as negociações estão sendo conduzidas por secretário-executivo adjunto, e os professores têm esperanças de conseguir sair do impasse negociando com as instâncias mais altas.

O comando de greve estima que 37 instituições federais estão sem aulas, algumas há 50 dias. Na lista estão as federais de São Paulo, Pará, Alagoas, Brasília, Pelotas, Maranhão, Lavras e Mato Grosso. Nos cálculos do Andes, o movimento atinge 60% dos 74 mil docentes que atuam nas federais.

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