O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Superior do Estado de Mato Grosso (Sintesmat), Jeferson Diel, confirmou, agora há pouco, ao Só Notícias, que os servidores administrativos dos 13 campi da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) votaram, esta tarde, em assembleia geral, pela suspensão da greve. 242 profissionais votaram pela suspensão da greve, 91 preferiram manter o movimento e 33 se abstiveram. Ainda não há previsão de quando as aulas serão retomadas.
Votaram favoráveis pela suspensão da greve os campi de Sinop (27 votos), Barra do Bugres (17), Alta Floresta (13), Pontes e Lacerda (8), Cáceres e reitoria (94), Alto Araguaia (8), Diamantino (6) e Tangará da Serra (42). Votaram pela continuidade Colíder (5) Nova Mutum (15), Nova Xavantina (12) e Luciara (não foi informado).
“O movimento paredista será suspenso para que as negociações extrajudiciais possam continuar. A questão do RGA entramos com ação judicial para que os 11,28% sejam incorporados integralmente na data base de maio, conforme regulamentado pela lei que não prevê parcelamento. Avançamos na cobrança do aproveitamento de tempo de serviço para elevação de nível e continuamos contrários ao Projeto de Parceria-Publico Privada (PPP)”, disse Diel, ao Só Notícias.
A greve dos servidores começou no dia 31 de maio. Em todo o Estado, são cerca de dois mil técnicos administrativos paralisados em forma de protesto contra o governo. Aproximadamente 25 mil alunos estão sem aulas por conta desta situação.
O servidores recusaram a proposta aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo governo para pagar 7,36%, sendo 2% em setembro (calculado sobre o subsídio de maio de 2016), 2,68% em janeiro de 2017 (calculado sobre setembro de 2016) e 2,68% em abril de 2017 (com base no subsídio de janeiro de 2017). A diferença para se atingir o percentual de 11,28% será calculada sob o subsídio de abril de 2017 e paga em duas parcelas: junho e setembro de 2017.
O pagamento do residual estará condicionado ao enquadramento na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que fixa um teto de 49% da Receita Corrente Líquida (RCL) aos gastos com pessoal.
Os professores da Unemat ainda estão em greve e devem realizar uma assembleia geral, nesta semana, para avaliar o andamento do movimento.
(Atualizada às 18h45)