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Maioria dos alunos em Mato Grosso tem desempenho inapropriado, conclui estudo

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A Avaliação Diagnóstica do Ensino Público Estadual de Mato Grosso (Adepe-MT) 2016, desenvolvida pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) para avaliar o nível de proficiência de estudantes da Educação Básica da rede estadual, concluiu que a maioria dos alunos que participaram do estudo apresentaram padrão de desempenho inapropriado nas disciplinas de Português e Matemática. Foram avaliados alunos do 2º, 4º, 6º e 8º ano do Ensino Fundamental e do 1º e 2º ano do Ensino Médio das 469 escolas urbanas de ensino regular, 12 de educação do campo e duas de educação quilombola nos municípios do Estado.

Os resultados gerais apresentados fornecem o desempenho dos alunos nas disciplinas e séries por municípios, e ao final de cada tabela há uma “média” do desempenho geral obtido naquela série e disciplina no Estado. Ao todo 127.680 alunos da rede estadual fizeram as provas nos dias 29 e 30 de março deste ano. O diagnóstico aponta que muitos municípios registraram desempenhos proficientes nas disciplinas, mas na média apresentada a maioria teve desempenho básico.

Os padrões de desempenho foram divididos em quatro escalas: Abaixo do Básico onde os estudantes que se encontram neste padrão de desempenho demonstram um desenvolvimento ainda inicial das principais habilidades associadas à sua etapa de escolaridade, apresentando a necessidade de um processo de recuperação com o estudante. Básico, representa que os estudantes ainda não demonstram o desenvolvimento considerado apropriado das habilidades básicas avaliadas, sendo necessário um planejamento de reforço para os mesmos.

No padrão Proficiente, os alunos apresentam as habilidades básicas e essenciais para a etapa de escolaridade avaliada, e é preciso então atividades de aprofundamento para que eles possam avançar ainda mais. No padrão Avançado, o estudante demonstra, nos testes de proficiência, ir além do que é considerado básico para a sua etapa escolar e é necessário proporcionar desafios a esse público, para manter seu interesse pela escola e auxiliá-lo a aprimorar cada vez mais seus conhecimentos.

De acordo com o superintendente de Formação dos Profissionais da Educação da Seduc, Kilwangy Kya Kapitango-a-Samba, o objetivo da avaliação não é promover um ranking ou nem mesmo julgar os alunos que participaram, mas a meta é diagnosticar as necessidades de aprendizagens de cada estudante para que seja possível planejar, executar e orientar intervenções pedagógicas em sala de aula, além de criar políticas públicas com foco na melhoria da educação.

Ele afirma ainda que o resultado obtido não é uma verdade absoluta da situação do ensino em Mato Grosso, já que apenas uma parte dos alunos participou, mas são indicadores para que possam ser trabalhadas as melhorias necessárias no ensino. “São ferramentas fundamentais para que os administradores do sistema e das escolas tomem decisões para melhorar o desempenho dos estudantes, e não para classificar. Os dados quantitativos não expressam 100% do desempenho da escola. Não são elementos para fazer julgamentos absolutos, pois não representam a totalidade dos discentes de cada unidade escolar”.

Conforme ele o objetivo é implantar esse modelo de avaliação diagnóstica, na tentativa de alavancar o ensino público no Estado. A princípio a proposta é que o diagnóstico seja realizado três vezes no ano, sendo a primeira quando o aluno entra naquela série para ter um base sobre o que ele trouxe de aprendizado. A segunda no meio do ano para poder ser diagnosticada a evolução do aluno, e o que ainda precisa ser trabalhado e a terceira ao final do ano letivo, para avaliar então o que ele adquiriu de aprendizado.

Dessa forma, Kapitango explica que é possível fomentar ações de formação e desenvolvimento profissional dos profissionais da Educação Básica, com resultados que possibilitem a tomada de decisões, para redirecionar trajetórias e planejar ações possibilitando aos docentes conhecer o que cada aluno sabe, o que é fundamental para traçar estratégias de aprendizagem e intervenções para ajudá-los a aprender garantindo assim o direito à educação.

“Os resultados também já foram fornecidos exclusivamente a cada uma das escolas avaliadas para que cada professor e unidade escolar conheça as dificuldades de aprendizagem de cada estudante, podendo assim, planejar procedimentos didáticos que auxiliem no processo de construção do conhecimento e desenvolvimento de habilidades, capacidades e competências”.

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