s professores da rede estadual de ensino em Mato Grosso ameaçam fazer greve antes mesmo do ano letivo ter início, no dia 9 de fevereiro, e deixar mais de 470 mil alunos sem aula. A justificativa do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) é que o governo estadual não cumpriu o acordo firmado quando os servidores estavam em greve, no ano passado, que tinha como objetivo alcançar o piso salarial de R$ 1.050 para nível médio até dezembro. Atualmente, o salário pago a estes profissionais em início de carreira é de R$ 966. Já os que possuem nível superior recebem R$ 1.450.
Em 2008, a categoria ficou 20 dias com os braços cruzados, entre os meses de março e abril. Para encerrar o movimento, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) se comprometeu a realizar uma avaliação da receita corrente líquida da Pasta a cada 4 meses e conceder o aumento proporcional à arrecadação, além do reajuste inflacionário.
Segundo o presidente do Sintep/MT, Gilmar Soares, o compromisso não foi honrado, embora o governo tenha reajustado os salários dos servidores em maio, de R$ 878 para R$ 912. O problema foi que no quadrimestre seguinte, vencido em setembro, o valor foi para R$ 966, quando na avaliação do sindicato poderia ter atingido R$ 1.050. A última data para novo acréscimo venceu no dia 15 de janeiro e a reclamação é que até agora não houve discussão sobre isso.
Para hoje e amanhã, estão previstas reuniões para definir o planejamento estratégico do Sintep para 2009. Na pauta, será discutido o resultado do último encontro do Conselho de Representantes, em dezembro, que deliberou pela possível greve e marcou assembléia geral às vésperas do início do ano letivo, entre 7 e 9 de fevereiro.