Sem reajustes salariais e escolas em estado ruim. Esta é a atual situação em que trabalham os professores das escolas estaduais em Sinop. Após várias tentativas de negociação e pedidos de reformas nos prédios, sem definições, os mais de 16 mil alunos podem começar o ano letivo sem aulas.
Conforme a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sintep) de Sinop, Cleufa Hübner, os profissionais ainda estão aguardando uma nova audiência com o governador Blairo Maggi para tomar alguma decisão. “O governo teve uma audiência conosco, no início de outubro, mas, infelizmente, até agora nós não temos nenhuma notícia, nada de concreto de que haverá reformas das escolas estudais”, relatou.
“Estamos denunciando o sucateamento das escolas desde o mês de agosto, através de dossiês que foram encaminhados a todos os meios de comunicação e protocolados na Secretaria de Administração, na Secretaria de Estado de Educação, na Secretaria do Estado de Governo, em todos os departamentos”, acrescenta.
Cleufa ressalta que, se nenhuma decisão for tomada diante das reivindicações e da “calamidade” que estão as escolas, a classe poderá fazer greve antes de iniciar o período letivo em 2006. “Estamos caminhando para isso. Com essa negligência do Governo, esse descaso e descompromisso de todos os órgãos governamentais com as escolas públicas estaduais, a gente não tem alternativa. Sem contar a defasagem salarial que o governo nega negociar”, disse indignada.
Desde o início do ano os professores da rede estadual estão reivindicando uma reposição salarial de 16,36%, decorrente de outubro de 1998 a 2005. Estudos feitos pelo sindicato, utilizando dados do próprio governo, mostram que o Estado “tem recursos para fazer a reposição”. No mês de maio os profissionais paralisaram as aulas por um período de 21 dias.
As reformas nas escolas Pissinati Guerra e São Vicente de Paula podem começar ainda este mês,