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Comissão debate formação continuada de professores em Mato Grosso

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Dando continuidade às discussões em torno do Ciclo de Formação Humana, a comissão criada pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) para estar à frente deste debate tem se reunido para refletir sobre a formação continuada de professores. O último encontro do grupo, realizado na quinta-feira (09.07), teve como pauta os princípios promulgados pela Seduc, a política de formação para o estado de Mato Grosso e a importância dos coordenadores pedagógicos.

A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) expôs sobre a formação continuada apresentando pesquisas de professores, acadêmicos e egressos dos cursos de pós-graduação, projetos de pesquisa desenvolvidos em Mato Grosso e um panorama de produções realizadas em âmbito nacional, entre os anos de 2000 a 2013. “O balanço faz menção a dez produções que investigaram temas como a formação inicial e continuada, currículo, enturmação, avaliação de aprendizagem, entre outros”, disse a professora doutora da Unemat, Rinalda Bezerra Carlos.

Muitos dos estudos mostram que houve falha na qualificação dos professores para se adaptarem à nova dinâmica. Mantiveram-se em uma estrutura de série enquanto existia uma organização em ciclo. Outro aspecto destacado foi sobre a importância do coordenador pedagógico – considerado o agente principal da mudança coletiva em uma escola. “Ele desenvolve o seu trabalho junto com os professores e ao mesmo tempo que ouve de cada docente as dificuldades encontra também, a partir delas, as possibilidades de sugerir alterações”, ressaltou o secretário adjunto de Políticas Educacionais da Seduc, Gilberto Fraga.

Para Fraga, o panorama apresentado pela Unemat sugere que os coordenadores pedagógicos não receberam a qualificação devida, bem como suas ações deixaram de ser, eminentemente, pedagógicas. Eles se transformaram em assistentes de diretor de escola no aspecto administrativo – já que o gestor assumiu outras atribuições administrativas, como a aquisição de alimentação escolar e o controle financeiro. “Com isso o coordenador saiu da sua função específica que era de assessorar e colaborar com o trabalho de cada professor”, analisou.

Os apontamentos servirão de referência para a mudança que a Seduc pretende implementar – fazer com que este coordenador retorne à sua função, agora auxiliado pelo assessor pedagógico. Então, será um coordenador prestando assessoria para uma escola e o assessor a um conjunto de unidades escolares. “Na sequência, ambos levarão as demandas para os Centros de Formação e Atualização de Professores (Cefapros). Com base nessas necessidades, eles devem organizar as suas formações, ou seja, formação de acordo com as necessidades formativas”, explicou o gestor.

Também foram abordadas no encontro a elaboração da política de formação continuada do estado de Mato Grosso, a estrutura documental e a participação de outros agentes, como universidades e o sindicato, além da realização de audiência pública para discutir o tema com a comunidade. “Ao mesmo tempo em que estamos discutindo uma estruturação da escola, promovemos o debate de uma política pública para garantir que a unidade escolar tenha suas necessidades formativas plenamente atendidas”, destacou o secretário adjunto.

A próxima etapa será colocar em pauta o planejamento e organização da escola, como o tempo/espaço, atribuição de aula e composição de carga horária do professor. Em seguida, entrará em discussão o formato de avaliação do aluno, considerado o principal ponto de discordância dentro do sistema ciclado.

O relatório resultante dos debates e estudos realizados deverá ser entregue ao secretário de Educação, Permínio Pinto, e ao governador Pedro Taques no mês de setembro. O documento contará com todas as contribuições das instituições e órgãos que compõem a comissão: Unemat, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime-MT), União dos Conselhos Municipais de Educação de Mato Grosso (Uncme-MT), Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Assembleia Legislativa. A propostas deverão ser consolidadas e implementadas a partir de 2016.

O fortalecimento dos Ciclos de Formação Humana no ensino fundamental faz parte das ações prioritárias para o ano de 2015, descritas no segundo acordo de resultados assinado pelo secretário e governador durante o lançamento do programa Transforma Mato Grosso. Além da entrega do diagnóstico, estão inclusas no quadro de ações: definição de mecanismos para a implantação de escola de tempo integral, aquisição de material pedagógico e um plano para transferência de conhecimento e melhores práticas junto a estados que são referência.

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