O ator e escritor Rodrigo França visitou hoje as escolas municipais descentralizadas Tatiana Belinky, no bairro Menino Jesus, Vinícius de Moraes, no Residencial José Adriano Leitão, e a Profª Leni Teresinha Benedetti, localizada no Jardim América. Autor do livro “O Pequeno Príncipe Preto”, Rodrigo também conheceu o projeto “Do Brincar ao Escrever”, desenvolvido pela rede municipal de ensino e que, nesse período, foca na conscientização dos alunos sobre o respeito à cultura afro-brasileira.
O artista, que também atua como diretor de teatro e cinema, destacou a importância da conscientização racial desde a primeira infância. “Não só uma relação de pensar em novembro, consciência negra, mas entender que a gente precisa refletir sobre a contribuição da população negra ao longo da vida, ao longo do ano, e saber que vocês estão aqui, desde a educação infantil, fomentando isso, eu não tenho palavras para expressar”.
Para ele, a importância desse trabalho está em mostrar à criança, que ainda está em fase de desenvolvimento cognitivo, que a diferença de cor, de características pessoais, não é um problema e sim motivo de valorização das raízes culturais e de autoconhecimento.
“Trabalhar a autoestima é tão importante quanto o português, matemática, aprender a ler. Sem autoestima, essas ferramentas de educação não vão servir muita coisa. É preciso que o aluno saiba um pouco da sua importância, da história, da contribuição dos seus em relação à sociedade, ao país, e saber que essas crianças, desde sempre aqui em Sinop, já começam a entender a importância do amor pelo seu cabelo, pelos seus traços, pela sua cultura. Entender que, por mais que sejamos diferentes, e isso é um ponto muito importante da cultura brasileira, a gente tem que encontrar um ponto de igualdade. E, desde criança, isso é fundamental”, destacou.
O livro abordado na educação infantil, de Rodrigo França, coloca uma criança negra no centro da cena, informando que todos os meninos e meninas negros são herdeiros de reis, rainhas e de uma vasta ancestralidade africana – retirando os estereótipos de que somente pessoas de pele branca podem ser descendentes de uma monarquia. A secretária de Educação, Salete Rodrigues, afirma que a escolha do livro infantil não foi por acaso. “O livro Pequeno Príncipe Preto, ele vem sendo trabalhado dentro do município, como um fortalecimento a esse movimento de igualdade, de desenvolvimento, de que todos somos diferentes, todos somos iguais. De que todos nós somos pessoas especiais e todos nós, do nosso jeitinho, cor de cabelo, temos que nos valorizar, e, o Pequeno Príncipe Preto traz essa valorização, esse amor próprio”, comentou a secretária.
Conforme a secretaria de educação, todos os alunos que pertencem ao último ano do ensino infantil no município são incentivados a escrever um livro. O objetivo é ensinar que, ao mesmo tempo em que o aluno brinca, ele pode, também, aprender e ser alfabetizado.
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