Alunos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) pretendem rediscutir o apoio à paralisação dos professores, em greve que completa nesta segunda- feira (17) 4 meses. O Diretório Central dos Estudantes (DCE) realiza na terça-feira (18) uma reunião ampliada para discutir o tema. O argumento usado por muitos alunos é o de que com o fim do prazo para o envio da Lei Orçamentária Anual (LOA) a paralisação perde o sentido. Além disso, defendem o retorno às aulas para minimizar os impactos que os mais de 120 dias sem atividades já trouxeram ao desempenho e ao calendário acadêmico.
Coordenador do DCE, Murilo Alberto revela que há uma insatisfação da parte dos alunos. “Queremos voltar, porque já há um prejuízo grande. Só para dar uma ideia da dimensão do problema, só em 2014 a situação se normalizará e além disso vamos requerer uma semana de reposição para termos condições de retomar o conteúdo aprendido antes da greve”. Alberto destaca que os estudantes entendem que as reivindicações são justas e importantes para a melhoria no aprendizado, mas que a falta de perspectiva deveria ser motivo de reflexão por parte dos professores.
Docentes – Representante do comando local de greve, o professor Maurélio Menezes classifica como normal a mudança de posicionamento dos alunos e garante que nem mesmo a perda do apoio influenciará nas decisões do movimento. “Entramos em greve sem os alunos e não serão eles que vão dizer quando devemos encerrar o movimento”.
Explica o professor que existem duas correntes de estudantes dentro da UFMT e que entre os alunos há aqueles que de- fendem a greve e os que são contrários. Menezes pontua que a assembleia é soberana e apenas ela pode decidir os caminhos que o movimento deflagrado em 17 de maio tomará a partir de agora. “O apoio é importante, mas não fundamental”.