Centenas de acadêmicos que se formariam, no campus sinopense, em agosto, vão concluir os cursos mês que vem, devido a greve dos professores, que durou 139 dias. Os que fechariam o semestre em dezembro também vão esperar um pouco mais. Um turma de de enfermagem, por exemplo, terminaria em dezembro mas, com o atraso, fica para abril. O período de férias dos acadêmicos vai diminuir.
As aulas vão até o próximo dia 9 de dezembro. O presidente da Associação dos Docentes da UFMT, Reginaldo Araújo, informou, há pouco, que a reposição começa no período que era destinado para férias. A partir de 11 de janeiro, os acadêmicos voltam para salas de aulas. "Em julho, os alunos vao ter apenas 10 dias de férias”, explicou, ao Só Notícias. Reginaldo acrescentou que o transtorno não é apenas para acadêmicos. “Para alguns estavam faltando apenas quarenta dias para terminar um os cursos de medicina, enfermagem por exemplo. Agora vão ter que esperar e com isso somos todos nós que perdemos".
Comparada com paralisações anteriores, essa foi a que teve maior duração. As reivindicações iniciais foram por reajuste de 27% no salários e restauração de carreira. A proposta do governo federal foi 10,8%, divida em dois anos, mas não foi aceita. Reginaldo Araújo disse que há possibilidade do governo federal colocar em votação, no Congresso, os 10.8%, de reajuste, divididos em dois anos, para 2016. Reginaldo disse ainda que a greve e uma forma de chamar atenção da sociedade para um problema ainda maior. “Alguns cursos não tem estrutura adequada para funcionamento”, criticou.
Professores decidiram, em outubro, pelo fim da paralisação que atingiu 20 mil alunos e 1.740 docentes em Cuiabá, Rondonópolis, Sinop, Barra do Garças, Várzea Grande e Pontal do Araguaia.
O campus da UMFT em Sinop, por exemplo, tem nove curso Agronomia, Engenharia Florestal, Enfermagem, Engenharia Agrícola e Ambiental, Farmácia, Zootecnia, Medicina Veterinária, Licenciatura Plena em Ciências Naturais, Matemática e Medicina.