A indústria da Votorantim (fabricante do cimento Itaú) em Mato Grosso receberá aporte de R$ 14,3 milhões no primeiro semestre de 2010. A unidade está localizada na cidade de Nobres e os recursos serão aplicados na instalação de mais uma ensacadeira automática, paletizadora, além da ampliação do depósito que terá a capacidade de armazenagem dobrada, passando de 30 mil toneladas para 60 mil toneladas. Os investimentos foram anunciados nesta quarta-feira (25), quando a empresa deu início, oficialmente, à operação do novo forno de pozonala, na mesma unidade.
O novo forno demandou investimentos em torno de R$ 86 milhões, que será responsável pelo incremento de 300 mil toneladas anuais de cimento na fábrica, que saltará de 800 mil toneladas/ano para 1,2 milhão/t anualmente, elevação de 33,3%. A gerente Regional Comercial do Centro-Norte da Votorantim, Lidiane Blank, explica que além de aumentar a oferta do produto no mercado estadual, com o funcionamento de outra fábrica do grupo em Porto Velho, com capacidade para produção de 750 mil toneladas, totalizando investimentos de R$ 100 milhões, o cimento produto em Mato Grosso será usado exclusivamente para o abastecimento estadual.
“A fábrica de Nobres era responsável pelo abastecimento de Mato Grosso, Acre e Rondônia. Com a ampliação da produção mato-grossense e o início das operações na unidade em Porto Velho, haverá folga para abastecer os clientes dessas regiões”, explica ao acrescentar que com a construção, reativação de moagem e ampliação de cinco unidades na região Centro-Norte, o volume produzido cresceu 2 milhões de toneladas ano, evoluindo de 3 milhões t/ano para 5 milhões t/ano, o que significa 40 milhões de sacos de cimento a mais.
A gerente adianta que novos investimentos no Estado não estão descartados. Isso porque o ritmo de crescimento registrado em Mato Grosso nos últimos dois anos, na casa dos 18%, faz o setor a projetar índices semelhantes para os próximos anos, motivados pela realização de jogos da Copa do Mundo em Cuiabá. Conforme a gerente da Votorantim, a indústria está preparada para o crescimento que está por vir e que conforme a necessidade de abastecimento do produto, futuros investimentos poderão ser concretizados para atender a demanda. “Estamos preparados e acompanharemos a necessidade do mercado”.