quinta-feira, 9/maio/2024
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Viabilidade do dendê para fabricar biodiesel é testada em Sinop

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Os testes para apontar a viabilidade de alguns cultivares para a produção do biodiesel no Nortão, onde as indústrias estão se instalando permanecem. Um deles é com o dendê, da família da palmeira. Desde setembro do ano passado, a Empresa Mato-grossense de Apoio, Pesquisa e Assistência Rural – Empaer, de Sinop, mantém em seu campo experimental uma área de 1.944 metros quadrados, em consórcio com o pinhão manso.

Segundo o pesquisador Marcus Damião, são 36 dendezeiros, cujas plantas foram repassadas pela Embrapa Amazônia Ocidental de Manaus (AM). “É um híbrido comercial chamado Tenera – cruzamento entre a dura e a pisífera. Estudamos o comportamento vegetativo e futuramente o produtivo. É uma variedade que produz entre 20 mil a 30 mil kg de dendê, do qual se extrai aproximadamente 23% de óleo, ou seja, cerca de 5 mil litros de óleo”, disse.

Ainda segundo Marcus, o dendê pode demonstrar boa produtividade. “Uma tonelada pode extrair 230 kg de óleo. Obtém-se também mais 30 kg de um óleo da parte interna de sua amêndoa, chamado ‘Palmiste’, mais fino e mais caro que o próprio óleo de dendê. Também obtém-se 30 kg de torta com 19% de proteínas, para ração e adubo e outros 65 kg de casca de amêndoa, usada para a fabricação de carvão ativado e fibra de freio”, destacou.

A grande procura do óleo de dendê deve-se ao seu uso industrial. Ele tem maior aceitação que o óleo de soja para a fabricação de margarina (60 a 70% da produção mundial tem esse fim) e é usado também para a fabricação de velas, maionese, biscoitos, sorvetes, glicerina, pomadas e até no processo de fabricação de certos tipos de aço.

Nenhum óleo alimentício alcança a produtividade do dendê. No mercado internacional, o preço do óleo dele chega a superar 600 dólares por tonelada. Em um hectare, consegue por ano cerca de 3 mil dólares.

“A renda do pequeno produtor então é no mínimo 30% desse valor”, acrescentou Marcos. “Vale salientar que na ociosidade da área utilizamos no meio do dendê o pinhão manso e nas ruas plantamos o feijoeiro Jalo Precoce. É mais uma alternativa para o produtor para diversificar na sua área”, concluiu.

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