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Vendas de imóveis em Cuiabá cai 4,3% e entidade avalia que ‘eleição resultou em cautela nos novos investimentos’

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Só Notícias (foto: arquivo/assessoria)

Mais de R$ 4,1 bilhões foram eitos, ano passado, nas vendas de apartamentos, casas, terrenos e outros imóveis o que representa queda de -4,32% em relação ao ano anterior, na capital mato-grossense. Os dados são do Sindicato da Habitação de Mato Grosso (Secovi-MT) e divulgado pela Fecomércio e também mostram recuo de -13,32% no número de unidades negociadas, passando de 11.910 em 2021 para 10.510 no ano passado.

O responsável técnico pela pesquisa e vice-presidente do Secovi, Guido Grando Junior, destacou a redução no volume de negócios, em especial no último trimestre de 2022, mas enalteceu os números ainda superiores ao período crítico provocado pela pandemia da Covid. “A desaceleração nas negociações imobiliárias, observada no último trimestre da pesquisa, teve influência das eleições no país. Ainda assim, é possível observar um alto valor em investimento imobiliário a fim de proteger o patrimônio em meio a dúvidas quanto à estabilidade macroeconomia, o que ajudou a sustentar os números”, explicou.

Os dados do ano passado mostram que a maioria dos imóveis vendidos no ano é usado (9.237) e apenas 1.273 foram de novos empreendimentos. Do total comercializado, a maioria (4.226) foram de apartamentos. Além disso, os valores financiados apresentaram redução de -19,42% no comparativo com o ano anterior, o que acabou por diminuir o percentual financiado, que ficou em 18,62%.

A região leste (nos bairros Bosque da Saúde e Morada dos Nobres, além de áreas de expansão urbana) e a oeste (bairros Quilombo, Goiabeiras e Duque de Caxias) somaram os maiores números de unidades transacionadas, correspondendo a 62,65% do total comercializado.

O presidente do Secovi-MT, Marco Pessoz, reforçou a mudança de preferência de moradia nos últimos meses do ano passado observada já no terceiro trimestre do ano passado, migrando de casas de alto padrão para apartamentos menores. “As eleições resultaram em cautela no mercado em relação a novos investimentos, aguardando sinalização do novo governo em relação ao mercado e isso, com certeza, deixa os investidores mais inseguros para investir”, analisou, através da assessoria.08

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