Mato Grosso obteve, em janeiro, o maior índice de crescimento nas vendas do comércio varejista dos últimos 10 anos neste período. Com um incremento de 18,19% na comercialização no primeiro mês deste ano na comparação com igual intervalo de 2009, o Estado ocupou a primeira posição do ranking nacional. A receita nominal do comércio mato-grossense também aumentou 18,76%, sendo a 4ª melhor média desde 2001. Os resultados estaduais ficaram acima do desempenho do comércio brasileiro, que iniciou 2010 com crescimentos de 10,37% no volume de vendas e de 12,60% na receita nominal.
A performance estadual consta na Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o vice-presidente da Federação do Comércio de Mato Grosso (Fecomércio-MT), Hermes Martins, a expectativa do setor é que as vendas mantenham o mesmo percentual de crescimento ao longo dos meses de 2010. Ele destaca que esse resultado é decorrente das tímidas compras feitas em outubro, novembro e dezembro do ano passado.
Conforme Martins, as promoções e liquidações de estoque realizadas no início de ano fizeram estimularam o consumidor e resultou no aquecimento das vendas do comércio de Mato Grosso. Além disso, ele pontua que o empresário também está mais confiante quanto à retomada da economia. No acumulado de 12 meses, o movimento das vendas do comércio estadual cresceu 5,2%. A receita do setor teve expansão de 9,2% no período.
De acordo com o levantamento do IBGE, no varejo ampliado, que considera as vendas de materiais de construção e veículos, Mato Grosso apresentou alta 13,5%. Nesse caso, o reajuste da receita nominal do Estado foi de 13,4%.
No país, o comércio varejista ampliado, cresceu 10,3% em volume de vendas e 11,6% em receita em relação a janeiro de 2009. A venda de veículos, motos, partes e peças teve alta de 10,3% em relação a janeiro de 2009. A redução do IPI para automóveis novos, com término marcado para 31 de março de 2010, foi o principal fator para o crescimento da atividade. No acumulando dos últimos 12 meses, a variação é 11,9% maior.
Na média nacional, os resultados foram positivos para todas as atividades do comércio. Por ordem de importância no resultado global, seguem os dados: hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo com incremento de 10,2%; móveis e eletrodomésticos, alta de 17,7%; artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos com 10,3% de aumento; equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, com expansão de 32,2%; outros artigos de uso pessoal e doméstico (+6,0%); combustíveis e lubrificantes (+4,8%); tecidos, vestuário e calçados (+2,3%) e livros, jornais, revistas e papelaria (+7,0%).